sábado, 30 de setembro de 2006

DÊ UM BASTA

"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." (Martin Niemöller, 1933)

Frase

"Eu quero ser presidente para acabar com o cuecão, com o mensalão, com os sanguessuga, os vampiros. O meu governo não vai ser violento com o Francenildo."
Geraldo Alckmin

Relembrando



E agora?




“Presidente que foge de debate mostra que prefere ficar escondido atrás de publicidade paga com dinheiro do povo em vez de ir para o ringue lutar em igualdade de condições”.

A frase foi dita em 1998 pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva

Charge do Roque



Claudio Humberto

* O PT é mesmo um partido popular: qualquer funcionário decide, fecha acordos, transporta altos valores em espécie, sem informar aos chefes.

Opinião

Está na Seção CARTAS da Revista Veja - edição 1975 de 27/09/2006

Eleições 2006
"Aproxima-se 1º de outubro. Tome muito cuidado ao confirmar o seu voto: você pode estar incorrendo em crime de formação de quadrilha. Muito cuidado."
Luiz Carlos Figueiredo
Belo Horizonte, MG

Eles apóiam Lula. E você, vai querer eles novamente no poder?




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Fotos do dinheiro apreendido com petistas





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Artigo

A endemia e a quadrilha
Clóvis Rossi (FSP)


Que a corrupção no Brasil é "endêmica", não precisaria o Banco Mundial dizer. Todo mundo sabe. Novidade é o fato de que, ao terminar o governo do partido que se intitulava dono exclusivo da ética, a corrupção não só continua "endêmica" como se agravou. Como diria o presidente Lula, "nunca neste país" um procurador-geral da República havia acusado a cúpula, TODA a cúpula, de um partido do governo de formar uma "quadrilha".

Sempre neste país, acusados de corrupção se defendiam, negavam até a morte que política se faz obrigatoriamente pondo a mão em matéria fecal. Agora, petistas dão de ombros para esse comportamento ou tem até orgasmos com ele, como se vê em artigos de supostas intelectuais do PT. Natural, nessa podridão, que se chegue ao dossiê contra José Serra.

Anos atrás, Lula e o PT, corretamente, haviam desprezado o papelório do chamado "dossiê Cayman".

Agora, ao contrário, um filiado ao partido e uma pessoa que se disse a serviço do PT são presos com dinheiro vivo (e não pouco, R$ 1,7 milhão), que seria usado para comprar o novo dossiê.

Ou seja, a "quadrilha" mostra agora um novo ramo de atividades, sempre, no entanto, como "organização criminosa". Aliás, só delinqüentes usam dinheiro vivo, nessa proporção, para qualquer tipo de operação.

Enquanto isso, a renda do trabalhador no governo do Partido dos Trabalhadores caiu a um ritmo anual de 1,12% e, pela primeira vez em 13 anos, aumentou o número de crianças entre 5 e 14 anos que são forçadas a trabalhar.

Até a única boa notícia contida na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (a queda na desigualdade) é falsa, porque o Ipea já demonstrou que a pesquisa contém brutal sub-declaração dos rendimentos com juros.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Frase

"O Lula, com sua ausência neste debate, mandou um recado aos brasileiros e brasileiras: "não estou interessado na sua opinião. Não preciso prestar contas para ninguém"."
Geraldo Alckmin, candidato a presidente da República

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Relembrando


Frase

“Lula não compartilha da idéia de que o povo se liberta pela educação.”Cristovam Buarque

Charge do Roque



Equilíbrio

"O ser humano costuma ser advogado de si e juiz dos outros. Ele dá desculpas pelas suas falhas, mas acusa os outros pelos erros deles. O que preciso é julgar a mim mesmo. Ainda que os pesos sejam equivalentes nos dois pratos,a qualidade da balança depende do rigor de ser fiel. Se eu me tornar um observador isento, estarei apoiado
no ponto de equilíbrio - nem muito envolvido nem distante demais. Nesse ponto as decisões são claras e eu assumo total responsabilidade de levá-las adiante."

Om Shanti

Piada

O condenado e o Padre

O condenado a morte recebeu a visita do padre:
- Meu filho, eu vim aqui lhe trazer a palavra de Deus!
E o condenado, com ar de malandro:
- Escusava de perder o seu tempo ... Daqui a pouco vou estar falando
com ele pessoalmente!

Turista não é fácil



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Artigo

A CULPA É DO SISTEMA
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA


Ao assistir a entrevista dada pelo presidente Luiz Inácio ao jornal da Band, dia 14 deste, fiquei impressionada com sua capacidade de responder não respondendo. Sem dúvida, paira sobre o presidente da República o treinamento dado por Duda Mendonça e suas esquivas, embora nada convincentes, devem ter tido o poder de engabelar a maioria que o assistiu.

Passando os olhos sobre papéis, emitindo surradas respostas, fazendo o costumeiro auto-elogio de seu mandato, Luiz Inácio descartou qualquer responsabilidade na corrupção que infesta seu governo, pois, segundo afirmou, “a culpa é do sistema”.

Além do mais, o poderoso José Dirceu, que foi tocado do cargo de “gerentão” ou “chefe da quadrilha” por Roberto Jefferson, teria sido pelo presidente exonerado num evidente combate a corrupção da parte deste e de sua implacável intenção de punir culpados.

Também a queda do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, LILS atribuiu ao seu sentido ético. Entretanto, como se sabe, a permanência de Palocci no cargo, que já vinha se mostrando inviável por conta de numerosos escândalos, se tornou insustentável quando da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo. Palocci não gostou quando o rapaz afirmou que ele freqüentava a casa onde havia farta diversão prodigalizada por uma “empresária do sexo” e negociatas bastante lucrativas, ingredientes que alegravam a vida dos integrantes da chamada República de Ribeirão. Dessas coisas, porém, Luiz Inácio nunca soube.

Ministros vampiros, ministros sanguessugas, ministros que enriqueceram rapidamente à sombra dos muros da corte, irmão lobista, filho privilegiado por milhões da Telemar, nada disso tem a ver com o presidente. Tudo é culpa do sistema. E se algumas pessoas do PT erraram, entre as quais, os inseparáveis companheiros de sua Excelência como o ex-presidente da sigla José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-secretario Silvinho Land Rover, naturalmente, a culpa é do sistema. Eles, coitados, são criaturas angelicais, apesar de traidores do chefe.

Também o fracasso de programas governamentais foi edulcorado e transformado em êxito nas palavras do candidato e presidente, atestado inequívoco de quanto Duda Mendonça, marqueteiro real e homem das rinhas de galo e dos paraísos fiscais, continua influente na moldagem da imagem e da retórica do seu mais importante discípulo político e obra-prima de simulação. Desse modo, se algo não atingiu resultado mais extraordinário, já se sabe, a culpa é do sistema.

Conclusão: são todos inocentes. Pelo menos os companheiros e, sobretudo, seu chefe supremo. Por isso mesmo merecem continuar no comando do País. Note-se que Genoino, o tomador de empréstimos ilícitos intermediados por Marcus Valério, e cujo irmão deputado foi envolvido no escândalo dos dólares na cueca, freqüenta o Palácio do Planalto para visitar o companheiro Lula e, quem sabe, vai ser eleito deputado federal, assim como Palocci.

O PT já discute a absolvição de José Dirceu, essa vítima do sistema juntamente com seu homem de confiança, Waldomiro Diniz. João Paulo Cunha, Luizinho, enfim, todos os mensaleiros inocentados por seus pares no Congresso seguem em frente sem medo da felicidade e prevê-se que o PT manterá grande bancada no Congresso. Imagina-se o quanto os companheiros da base mensalista devem estar felizes aguardando futuros mensalões.

Por outro lado, LILS influencia com seu magnetismo a sociedade brasileira que parece disposta a reconduzi-lo ao cargo para que tenha nova chance de, quem sabe, cumprir o que prometeu e não fez em quatro anos, claro, por culpa do sistema. Também não custa perdoar e reeleger todos que cometeram pecadilhos inofensivos como fraude em licitação, corrupção, formação de quadrilha, evasão de divisas.

Que importância tem se continuamos na rabeira do crescimento mundial, o que inclui o latino americano; se as taxas de juros seguem elevadas; se a carga tributária saltou para 37% do PIB; se a corrupção se alastra livremente, se o desemprego aumenta; se já existem sinais preocupantes na economia como a queda do agronegócio e da produção industrial; se Evo Morales se apropria do que é nosso com apoio do governo brasileiro frouxo e ideológico. Isso faz parte do sistema.

Pensando bem, diante desse sistema que anestesia a conduta ética do povo e do governo, que torna a imoralidade aceita como coisa natural, que mantém a ignorância de uns, o cinismo de outros, a alienação de muitos, não sei se dá mais vergonha do que nojo, ou mais nojo que vergonha da Terra de Macunaíma em que o Brasil vai se transformando, onde heróis sem caráter são exaltados, eleitos e reeleitos.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Relembrando


Pense

"Só existe uma maneira segura de fazer com que a criança ande pelo caminho reto: consiste em você trilhar este mesmo caminho"
(Abraham Lincoln)

Charge do Roque



Frase

"Tenho certeza que essa eleição irá para o segundo turno e não é nem uma questão de bater duro no Lula, e sim de explicitar de uma forma bem clara ao eleitor as mazelas éticas, as deficiências governamentais, enfim, uma série de máculas da candidatura Lula." Deputado José Thomaz Nonô

Citação

"Corrupto, quando morre, vai para o paraíso fiscal."
Anônimo

Claudio Humberto

* A campanha do PT gaúcho tentou colar a pecha de senador perpétuo a Pedro Simon (PMDB), com um relojinho marcando 24 anos, e se deu mal: "São 55 anos", corrigiu Simon, "como deputado, governador, ministro, senador, denunciando ditadura, tortura, corrupto, mensalão..."

Porque o Lulla ainda está na frente

Prova de Redação

Vejam só o que os vestibulandos foram capazes de escrever na prova de redação, dado o tema: "A TV forma, informa ou deforma?"

A seleção foi feita pelo professor José Roberto Mathas.

1. A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação.

2. A TV no entanto é um consumo que devemos consumir para nossa formação, informação e deformação.

3. A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não...

4. A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo intertida como também as vista...( sem comentários...)

5. A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças...(como é ??????????)

6. Sempre ou quase sempre a TV está mais perto de nosco... (????) fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro... ( essa é imbatível)

7. A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral. (é praticamente uma tortura)

8. A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção. (tudo a ver!!!)

9. A TV é o oxigênio que forma nossas idéias.

10. ... por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens... (nunca tentei dirigir uma TV!)

11. A TV ezerce (aiiiiiiiiiiii) poder, levando informações diárias e porque não dizer horárias. (esse é humorista, além de tudo)

12. E nós estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso...(hein????????)

13. A televisão leva fatos a trilhares de pessoas... (é muita gente isso,hein?!)

14. A TV acomoda aos teles inspectadores...(nooooossa!)

15. A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas...

16. A televisão pode ser definida como uma faca de trez gumes. Ela tanto pode formar, como informar, como deformar ( sensacional!!!!!)

A FÁBULA DOS GATOS

Um fazendeiro plantava milho e o armazenava no paiol da sua fazenda. Com o milho, o fazendeiro alimentava as galinhas, os cavalos, as vacas e todos os outros bichos que criava na fazenda. Os bichos da fazenda, por sua vez, garantiam ao fazendeiro o seu sustento.

Os ratos insistiam em roubar o milho armazenado no paiol. Quem cuidava do paiol era um cachorro. Um cão preto e grande que os matava e os afugentava de forma muito eficiente. Quem cuidava do paiol antes do cachorro cuidar do paiol era o pai do cachorro e, antes do pai do cachorro, quem cuidava do paiol era o avô do cachorro. Já era uma tradição na fazenda. E sempre foi assim, a família do cachorro cuidando do paiol, e não deixando que os ratos comessem todo o milho. Era um trabalho duro: os ratos não acabavam nunca e, chovesse ou fizesse sol, lá estavam para roubar uma espiga aqui, outra ali. O cachorro não tinha folga e para fazer frente à rapidez dos ratos, mantinha os músculos em forma e os reflexos ligeiros. Aida bem, para todos menos para os ratos, que o cachorro adorava o seu trabalho e a ele se dedicava integralmente. Afinal, se não fosse por ele, os ratos já teriam há muito tempo comido todo o milho e acabado com a comida dos demais bichos.

Em reconhecimento pelo seu trabalho ancestral, a bicharada elegeu o cachorro o presidente da fazenda. É claro que o mando do presidente não era ditatorial, haja visto que foi eleito e não imposto, e discussões surgiam, havia discussões e vez por outra alguma insatisfação aparecia, como é comum e até salutar num regime representativo, mesmo que seja numa bucólica república rural de bichos numa fazenda. Mas, de uma coisa todos podiam ter certeza: quem trabalhasse, ganhava o seu quinhão e havia sempre muito milho para todos os trabalhadores.

Num dia azíago, apareceu na fazenda um gato. Um gato magro e bigodudo. Tão bigodudo que, tivessem barba os gatos, esse poderia ser um gato barbudo.

O cachorro, como todo cachorro que se preza, ciente da sua função e do valor do seu trabalho, latiu para o gato, quis que o gato fosse embora, pois logo pressentiu que aquele bicho de ar debochado, malicioso, sem nenhuma propensão para o trabalho, não poderia ser grande coisa e cheirava a elemento desagregador da paz e da produtividade na fazenda.

O fazendeiro não entendeu quando o cachorro tentou lhe explicar o fato, e o gato foi ficando, foi ficando, foi ficando...

O gato, que não trabalhava (que, aliás, nunca tinha trabalhado), tinha bastante tempo para conversar com os outros bichos da fazenda. E chegava de mansinho junto da bicharada, magrinho, fraquinho, e começava a miar e a ronronar de forma simpática a muitos. Os outros bichos, muito bonzinhos e crédulos, paravam para escutar o que o gato tinha para dizer:

- Miau, miau, ai, ai. O que vai ser de mim. Não existe lugar nesta fazenda para um bichano como eu, tão injustiçado, tão fraquinho! Veja, não posso trabalhar, o sistema é tão injusto! E ainda mais porque eu perdi parte de minha pata dianteira esquerda num acidente numa moenda de cana... Só por que não nasci forte como o senhor, Sr. Cavalo, só por que não posso dar leite como a Dona Vaca, não posso trabalhar! O Sr. Cachorro, o dono do poder, não avalia essas contingências históricas e me mantém mergulhado nessa penúria...

- Mas, Seu Gato, e aquele trabalho que lhe ofereceram na casa, como guardião da dispensa? Perguntou o cavalo.

- Não aceitei, Seu Cavalo. Na verdade, prefiro continuar minha luta por condições mais dignas de trabalho e pelos pobres e miseráveis da fazenda! No fim, depois de tanta ladainha, os bichos começaram a acreditar no gato, por acharem que o bichano barbudo era igual a eles e que falava a língua deles. Começaram a sentir pena do gato.

E o gato, que se dizia injustiçado, que se fazia passar por vítima, que se dizia explorado pelo sistema e, principalmente, pelo cachorro (embora o dono da fazenda já houvesse lhe atribuído uma quota de milho como uma espécie de aposentadoria por invalidez), continuava a choramingar a sua desdita.

Conquistando a simpatia dos bichos, o gato fez com que os bichos acreditassem que ele, tão sofrido, tão maltratado, iria garantir a todos melhores condições de vida. Vivia dizendo a todos que mantivessem a sua esperança em dias melhores, que não tivessem medo de mudar e que a esperança deveria derrotar o medo e que todos seriam compensados no dia em que ele fosse eleito para substituir o cachorro.

Tanto miou, tanto fez, que um dia os bichos revoltados com a situação de absoluta miserabilidade do gato e com a alegada injustiça social reinante na fazenda, resolveram elege-lo para suceder o cachorro.

E de nada adiantou o cachorro insistir no aviso de que cuidar do paiol não era para qualquer um. Que ele havia treinado muito para assumir essa função. Que os ratos não eram mole, e não dariam trégua assim tão fácil.

Afastaram o cachorro e, por grande margem de votos, colocaram no seu lugar o gato barbudo. Os bichos sabiam que o gato nunca havia trabalhado antes e que não estava minimamente preparado para tomar conta do paiol de milho. Mas acreditaram que o gato, por ter sofrido mais do que ninguém com a política do cachorro, faria uma administração do paiol mais voltada para os pobres e com moralidade, pois ele se dizia um campeão da ética.

No começo, tudo foi festa: no lombo de Seu Cavalo, viajava o gato para outros sítios e fazendas, falando sobre a sua conquista. Contava aos outros bichos que agora a fazenda vivia uma nova realidade. Tanta era a festa, tanta era a euforia, tanta era a esperança, que os bichos não perceberam que mais e mais gatos não paravam de chegar. Todos com seus bigodes imensos servindo como sinal de identificação... Gatos de todos os jeitos. Gatos vindos de todas as partes. Gatos, que em comum com o gato-presidente, nunca tinham trabalhado na vida. Gatos vagabundos.

E gato-presidente, que curiosamente chamava todos os demais gatos de "cumpanheros", precisava arranjar uma função para essa gataiada. Não para faze-los trabalhar, mas para remunerá-los e aparelhar a administração da fazenda com elementos de sua confiança, pois tinha um plano para se eternizar nela.

Então, um dia, quando Seu Cavalo apareceu para puxar o arado, percebeu que, no seu lugar, já um bando de gatos ocupava os arreios. E Dona Vaca, que produzia o melhor leite da região, foi expulsa da estrebaria pelos
companheiros do gato-presidente. E as galinhas, no galinheiro não moravam mais: nos poleiros, gatos e mais gatos ocupavam o espaço e fingiam estar botando ovos.

E o gato-presidente remunerava prodigamente todos os seus companheiros. Muitos, mesmo não sendo gatos, passaram a ser companheiros quando o gato-presidente e seus assessores diretos passaram a remunerá-los mensalmente para que fizessem parte da sua base aliada.

Afinal, um trabalho 'em prol da coletividade' seria o que todos desempenhavam...Como era de se esperar, o gato-presidente (nunca havia trabalhado) não conseguia cuidar do paiol. Os ratos logo perceberam a situação: atacavam, como nunca haviam feito, o milho da fazenda.

Tão complicada ficou a situação que o gato-presidente precisou conversar com o seu conselheiro. Um gato de óculos, que miava de um jeito esquisito, puxando demais os "erres":

- Miarr, presidente. A coisa tá feia. Em nome da governabilidade da fazenda, temos que nos aliar aos rrratos!

- 'Cumpanhero', os fins justifica os meios! Devemos passar aos demais bichos uma imagem de ordem e de tranqüilidade! E os gatos fizeram um pacto com os ratos: os ratos fingiam que não roubavam o milho, os gatos fingiam que caçavam os ratos.

Dessa forma, a bicharada menos informada - que infelizmente era a maioria - acreditava que os ratos estavam sendo combatidos, e os ratos, que por baixo do pano recebiam suas espiguinhas, mantinham os gatos no poder.

Entretanto, o milho foi acabando. E os bichos, que haviam acreditado na conversa do gato-presidente, com fome, começaram a ficar insatisfeitos. E foram todos reclamar com o gato-presidente.

Tarde demais. O paiol já estava infestado de ratos, ratos por toda parte, ratos em tudo. Ratos e gatos, gordos, barbudos, aproveitando tranqüilamente o que havia sobrado de milho no paiol enquanto o resto da bicharada, os bichos que sabiam trabalhar, que davam duro, ficaram sem comida.

Sem comida, e traídos que se sentiram, perderam o maior tesouro de todos: a esperança de dias melhores.
Foram vítimas do maior estelionato eleitoral jamais ocorrido naquela fazenda. O fazendeiro, ao constatar a destruição do paiol e a mortalidade alta dos bichos por fome e inanição, achou que a sua propriedade não era mais lucrativa e vendeu-a para uma multinacional. Mesmo porque já havia, à beira da estrada que lhe dava acesso, um bando de terroristas malfeitores acampados e prontos para invadir a sua propriedade, a pedido, pasmem, do próprio gato-presidente.

MORAL DA ESTÓRIA: "ALERTA AOS FAZENDEIROS: EXPULSEM TODOS OS GATOS DE SUAS PROPRIEDADES E DÊEM PRIORIDADE AOS CACHORROS, ENQUANTO É TEMPO".

Autor: Aristides Athayde, advogado, professor de Direito Internacional da Faculdade de Direito de Curitiba. Mestre pela Northwestern University, Chicago, Former Chairperson da Câmara de Comércio Brasil EUA (AMCHAM), Membro da Câmara de Comércio Franco Brasileira e da ICC International Chamber of Commerce.

(COM PEQUENAS MODIFICAÇÕES)
Enviada por: Doalcei Marcos da Silveira

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Relembrando


Pense

"As maiores dificuldades são filhas da preguiça"
Samuel Johnson -escritor e lexicógrafo inglês - (1709-1784)

Charge do Roque



Frase

"O estoque das bobagens que Lula fala não é maior do que o estoque de corrupção. Isso é uma coisa horripilante. Esse pessoal era para estar na cadeia."
Do senador Tasso Jereissati

Frase

"O estoque das bobagens que Lula fala não é maior do que o estoque de corrupção. Isso é uma coisa horripilante. Esse pessoal era para estar na cadeia."
Do senador Tasso Jereissati

Frase

"O estoque das bobagens que Lula fala não é maior do que o estoque de corrupção. Isso é uma coisa horripilante. Esse pessoal era para estar na cadeia."
Do senador Tasso Jereissati

Frase (2)

"Já se foi o tempo em que a união fazia a força. Hoje a União cobra os impostos e quem faz força é você." Autor desconhecido.

Enviada por Dr. Celso Moskorz

Piada

Um velhote com 90 anos, fez o seu checkup anual e o médico disse-lhe:
- Amigo, para a sua idade, está numa forma que eu nunca vi.
O velhote respondeu:
- Sim. Porque sei levar uma vida cuidada, simples e espiritual.
- Que quer dizer com isso?
- Se não levasse uma vida cuidada e simples, Deus não me acendia a luz do banheiro cada vez que me levanto no meio da noite.
O médico estranhou a resposta.
- Está qurendo dizer que cada vez que se levanta a meio da noite para ir ao banheiro, o próprio Deus acende-lhe a luz??
- Sim! Cada vez que vou ao banheiro, Deus acende-me a luz!
O médico não adiantou mais nada, mas quando foi a vez da esposa do velhote ir à consulta para o seu checkup, sentiu a necessidade de lhe transmitir o que o marido lhe havia dito.
- Eu quero que saiba que, o seu marido está em ótima forma, mas estou preocupado com o seu estado mental. Ele disse-me que todas as noites, quando vai ao banheiro, Deus lhe acende a luz.
- Ele disse o quê?????
- Ele disse que todas as noites quando se levanta para ir ao banheiro, Deus lhe acende a luz...
- Ahhh!!! (exclamou a velhota). Então é ele que tem mijado dentro da geladeira!!!

Zé Goró



(Para ampliar, clique na imagem.)

Artigo

BEBETO, É FISIOLÓGICO!
Adriana Vandoni (*)


Estava lendo um artigo do jornalista Bebeto Amador sobre seu descontentamento com o povo brasileiro e suas preferências eleitorais. Eu também tenho essa mesma inquietação e indignação, mas acho que descobri o motivo e por isso jogo para o Judiciário a responsabilidade com os rumos da democracia brasileira.

Na semana passada, encontrei com um velho amigo que estava fora do Brasil há muitos anos. Médico, doutor por uma universidade conceituada da Inglaterra, esse meu amigo vive hoje as agruras de se ter estudo em um país que privilegia a imbecilidade.
Tentou voltar a morar em Cuiabá, mas percebeu que seria inviável. Fixou-se em São Paulo onde faz parte de um grupo de pesquisa da USP. É sobre essa pesquisa que quero falar.

O meu amigo e seu grupo estão estudando a forma de raciocínio e o comportamento do cérebro em relação ao grau de escolaridade. Ele me dizia que quanto menos tempo de estudo, mais concreto é o pensar. Não existe o pensamento subjetivo, não existe o longo prazo. Apenas o imediato, o acordar, tomar café, sair, voltar, comer e dormir. Coisas mecânicas, entende?

Já a pessoa com mais tempo de estudo aprende a raciocinar de forma mais ampla e percebe a subjetividade dos fatos.

Ao escutar essa explicação, que em um primeiro momento pode até parecer um tema árido, meu amigo soltou uma frase que me deu um estalo: Adriana, quanto menos estudo a pessoa tem, mais fisiológica é sua forma de pensar.

Perguntei a ele qual a extensão da pesquisa, se existia, por exemplo, uma relação entre os pesquisados e suas preferências políticas.

- Já sei onde você está querendo chegar, Adriana. A resposta é sim. O pesquisado sem estudo e que pensa fisiologicamente é, em sua maioria, potencial eleitor de Lula.
- Então quer dizer que Lula pode ser reeleito por uma questão fisiológica, assim como comer, dormir e ir ao banheiro?

- É, não nesses termos né! Mas é mais ou menos isso. Se você disser que programas como o bolsa esmola são nocivos no longo prazo, o fisiológico dirá: Ah doutor, mas o que importa é hoje.

Então Bebeto, isso explica a nossa agonia. É tudo fisiológico. Por isso insisto na responsabilidade do Judiciário brasileiro. Veja bem, siga meu raciocínio e entenda porque digo que nossa única esperança é o Judiciário.

Temos o Executivo incompetente, suspeito, e conivente com crimes. Foi o executivo que comprou parlamentares, que liberou verbas para compras superfaturadas, enfim, que cometeu tantos crimes quanto foi possível. Do executivo não podemos esperar nada a não ser atos que beneficiem seus interesses e proteja sua gangue.

Temos um Legislativo comprometido moralmente. A eles cabe a formulação ou reforma das Leis. Mas eles estão comprometidos com seus próprios crimes. Deles não podemos esperar a formulação de Leis que coíbam ou que sejam mais severas com posturas amorais e corruptas.

Sobrou o Judiciário, que não formula as Leis, que precisa seguir a Constituição Federal que foi escrita pelo Legislativo, mas eles podem mudar a interpretação para beneficiar a moralidade e dignidade no Brasil.

Agora vamos ao perfil do eleitorado. Do total de eleitores do Brasil, apenas 3% concluiu um curso superior. Esses, teoricamente, são capazes de pensar no longo prazo, mas não decidem uma eleição.

O grosso do eleitorado brasileiro é formado por 24% de analfabetos ou que apenas lêem e escrevem e 35% que não concluíram o primeiro grau. Isto quer dizer que desses 58% de eleitores brasileiros, grande parte tende a fazer suas escolhas de forma fisiológica, com objetivos mais imediatistas.

Esses podem eleger um sanguessuga porque a ambulância eles vêem, mesmo que os hospitais sejam cascas vazias, como de fato são. Mas a ambulância está lá, eles até conhecem o motorista. Eles podem votar em Lula, porque Lula disse que o rico não quer que o pobre estude, sem atinarem para o fato de que o estudo vem através de políticas públicas que o governo não adota porque desvia o recurso da educação para a compra de pessoas.

É fisiológico, assim como comer, dormir e ir ao banheiro!
Portanto, a única Instituição que ainda pode nos salvar da vergonha, da falta de caráter generalizada e institucionalizada e impedir que sejamos para sempre um monturo dominado por corruptos, é o Judiciário.

(*) Adriana Vandoni - é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. Articulista do Jornal A Gazeta.
Blog: http://argumentoeprosa.blogspot.com

Artigo

BEBETO, É FISIOLÓGICO!
Adriana Vandoni (*)


Estava lendo um artigo do jornalista Bebeto Amador sobre seu descontentamento com o povo brasileiro e suas preferências eleitorais. Eu também tenho essa mesma inquietação e indignação, mas acho que descobri o motivo e por isso jogo para o Judiciário a responsabilidade com os rumos da democracia brasileira.

Na semana passada, encontrei com um velho amigo que estava fora do Brasil há muitos anos. Médico, doutor por uma universidade conceituada da Inglaterra, esse meu amigo vive hoje as agruras de se ter estudo em um país que privilegia a imbecilidade. Tentou voltar a morar em Cuiabá, mas percebeu que seria inviável. Fixou-se em São Paulo onde faz parte de um grupo de pesquisa da USP. É sobre essa pesquisa que quero falar.

O meu amigo e seu grupo estão estudando a forma de raciocínio e o comportamento do cérebro em relação ao grau de escolaridade. Ele me dizia que quanto menos tempo de estudo, mais concreto é o pensar. Não existe o pensamento subjetivo, não existe o longo prazo. Apenas o imediato, o acordar, tomar café, sair, voltar, comer e dormir. Coisas mecânicas, entende?

Já a pessoa com mais tempo de estudo aprende a raciocinar de forma mais ampla e percebe a subjetividade dos fatos.

Ao escutar essa explicação, que em um primeiro momento pode até parecer um tema árido, meu amigo soltou uma frase que me deu um estalo: Adriana, quanto menos estudo a pessoa tem, mais fisiológica é sua forma de pensar.

Perguntei a ele qual a extensão da pesquisa, se existia, por exemplo, uma relação entre os pesquisados e suas preferências políticas.

- Já sei onde você está querendo chegar, Adriana. A resposta é sim. O pesquisado sem estudo e que pensa fisiologicamente é, em sua maioria, potencial eleitor de Lula.
- Então quer dizer que Lula pode ser reeleito por uma questão fisiológica, assim como comer, dormir e ir ao banheiro?

- É, não nesses termos né! Mas é mais ou menos isso. Se você disser que programas como o bolsa esmola são nocivos no longo prazo, o fisiológico dirá: Ah doutor, mas o que importa é hoje.

Então Bebeto, isso explica a nossa agonia. É tudo fisiológico. Por isso insisto na responsabilidade do Judiciário brasileiro. Veja bem, siga meu raciocínio e entenda porque digo que nossa única esperança é o Judiciário.

Temos o Executivo incompetente, suspeito, e conivente com crimes. Foi o executivo que comprou parlamentares, que liberou verbas para compras superfaturadas, enfim, que cometeu tantos crimes quanto foi possível. Do executivo não podemos esperar nada a não ser atos que beneficiem seus interesses e proteja sua gangue.

Temos um Legislativo comprometido moralmente. A eles cabe a formulação ou reforma das Leis. Mas eles estão comprometidos com seus próprios crimes. Deles não podemos esperar a formulação de Leis que coíbam ou que sejam mais severas com posturas amorais e corruptas.

Sobrou o Judiciário, que não formula as Leis, que precisa seguir a Constituição Federal que foi escrita pelo Legislativo, mas eles podem mudar a interpretação para beneficiar a moralidade e dignidade no Brasil.

Agora vamos ao perfil do eleitorado. Do total de eleitores do Brasil, apenas 3% concluiu um curso superior. Esses, teoricamente, são capazes de pensar no longo prazo, mas não decidem uma eleição.

O grosso do eleitorado brasileiro é formado por 24% de analfabetos ou que apenas lêem e escrevem e 35% que não concluíram o primeiro grau. Isto quer dizer que desses 58% de eleitores brasileiros, grande parte tende a fazer suas escolhas de forma fisiológica, com objetivos mais imediatistas.

Esses podem eleger um sanguessuga porque a ambulância eles vêem, mesmo que os hospitais sejam cascas vazias, como de fato são. Mas a ambulância está lá, eles até conhecem o motorista. Eles podem votar em Lula, porque Lula disse que o rico não quer que o pobre estude, sem atinarem para o fato de que o estudo vem através de políticas públicas que o governo não adota porque desvia o recurso da educação para a compra de pessoas.

É fisiológico, assim como comer, dormir e ir ao banheiro!
Portanto, a única Instituição que ainda pode nos salvar da vergonha, da falta de caráter generalizada e institucionalizada e impedir que sejamos para sempre um monturo dominado por corruptos, é o Judiciário.

(*) Adriana Vandoni - é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. Articulista do Jornal A Gazeta.
Blog: http://argumentoeprosa.blogspot.com

Artigo

BEBETO, É FISIOLÓGICO!
Adriana Vandoni (*)


Estava lendo um artigo do jornalista Bebeto Amador sobre seu descontentamento com o povo brasileiro e suas preferências eleitorais. Eu também tenho essa mesma inquietação e indignação, mas acho que descobri o motivo e por isso jogo para o Judiciário a responsabilidade com os rumos da democracia brasileira.

Na semana passada, encontrei com um velho amigo que estava fora do Brasil há muitos anos. Médico, doutor por uma universidade conceituada da Inglaterra, esse meu amigo vive hoje as agruras de se ter estudo em um país que privilegia a imbecilidade. Tentou voltar a morar em Cuiabá, mas percebeu que seria inviável. Fixou-se em São Paulo onde faz parte de um grupo de pesquisa da USP. É sobre essa pesquisa que quero falar.

O meu amigo e seu grupo estão estudando a forma de raciocínio e o comportamento do cérebro em relação ao grau de escolaridade. Ele me dizia que quanto menos tempo de estudo, mais concreto é o pensar. Não existe o pensamento subjetivo, não existe o longo prazo. Apenas o imediato, o acordar, tomar café, sair, voltar, comer e dormir. Coisas mecânicas, entende?

Já a pessoa com mais tempo de estudo aprende a raciocinar de forma mais ampla e percebe a subjetividade dos fatos.

Ao escutar essa explicação, que em um primeiro momento pode até parecer um tema árido, meu amigo soltou uma frase que me deu um estalo: Adriana, quanto menos estudo a pessoa tem, mais fisiológica é sua forma de pensar.

Perguntei a ele qual a extensão da pesquisa, se existia, por exemplo, uma relação entre os pesquisados e suas preferências políticas.

- Já sei onde você está querendo chegar, Adriana. A resposta é sim. O pesquisado sem estudo e que pensa fisiologicamente é, em sua maioria, potencial eleitor de Lula.
- Então quer dizer que Lula pode ser reeleito por uma questão fisiológica, assim como comer, dormir e ir ao banheiro?

- É, não nesses termos né! Mas é mais ou menos isso. Se você disser que programas como o bolsa esmola são nocivos no longo prazo, o fisiológico dirá: Ah doutor, mas o que importa é hoje.

Então Bebeto, isso explica a nossa agonia. É tudo fisiológico. Por isso insisto na responsabilidade do Judiciário brasileiro. Veja bem, siga meu raciocínio e entenda porque digo que nossa única esperança é o Judiciário.

Temos o Executivo incompetente, suspeito, e conivente com crimes. Foi o executivo que comprou parlamentares, que liberou verbas para compras superfaturadas, enfim, que cometeu tantos crimes quanto foi possível. Do executivo não podemos esperar nada a não ser atos que beneficiem seus interesses e proteja sua gangue.

Temos um Legislativo comprometido moralmente. A eles cabe a formulação ou reforma das Leis. Mas eles estão comprometidos com seus próprios crimes. Deles não podemos esperar a formulação de Leis que coíbam ou que sejam mais severas com posturas amorais e corruptas.

Sobrou o Judiciário, que não formula as Leis, que precisa seguir a Constituição Federal que foi escrita pelo Legislativo, mas eles podem mudar a interpretação para beneficiar a moralidade e dignidade no Brasil.

Agora vamos ao perfil do eleitorado. Do total de eleitores do Brasil, apenas 3% concluiu um curso superior. Esses, teoricamente, são capazes de pensar no longo prazo, mas não decidem uma eleição.

O grosso do eleitorado brasileiro é formado por 24% de analfabetos ou que apenas lêem e escrevem e 35% que não concluíram o primeiro grau. Isto quer dizer que desses 58% de eleitores brasileiros, grande parte tende a fazer suas escolhas de forma fisiológica, com objetivos mais imediatistas.

Esses podem eleger um sanguessuga porque a ambulância eles vêem, mesmo que os hospitais sejam cascas vazias, como de fato são. Mas a ambulância está lá, eles até conhecem o motorista. Eles podem votar em Lula, porque Lula disse que o rico não quer que o pobre estude, sem atinarem para o fato de que o estudo vem através de políticas públicas que o governo não adota porque desvia o recurso da educação para a compra de pessoas.

É fisiológico, assim como comer, dormir e ir ao banheiro!
Portanto, a única Instituição que ainda pode nos salvar da vergonha, da falta de caráter generalizada e institucionalizada e impedir que sejamos para sempre um monturo dominado por corruptos, é o Judiciário.

(*) Adriana Vandoni - é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. Articulista do Jornal A Gazeta.
Blog: http://argumentoeprosa.blogspot.com