domingo, 23 de setembro de 2007

Quase 50% dos adolescentes se fere de propósito

Ferimentos auto-infringidos entre adolescentes é mais comum do que se imaginava, sugere um novo estudo.

46% dos estudantes de segundo grau pesquisados disse que já se machucaram propositalmente mais do que uma vez no ano anterior. Entre estes, mais da metade disse que cortou, queimou a pele, se tatuaram ou realizaram outros atos que os pesquisadores classificaram como sérios. Outros realizaram ferimentos menores como puxar o próprio cabelo, morder a si mesmo ou cutucar áreas do corpo até que sangrassem.

Muitos pais estão inconscientes de que os adolescentes estão “cortando” a si mesmos ou realizando outras formas ferimento auto-infringido.

A pesquisa foi realizada com um pesquisa de 663 estudantes do meio-oeste dos EUA.

“As descobertas são importantes, pois sugerem que o ferimento auto-infringido não suicida (FAIS) é mais comum entre adolescentes do que na população em geral do que se pensava antes”, disse a coordenadora do estudo Elizabeth Lloyd-Richardson, psicóloga. “Se este for o caso, é essencialmente um chamado para que fiquemos atentos sobre estes comportamentos na comunidade e aprendamos como ajudar as crianças a gerenciarem o estresse sem machucarem a si mesmos.”

A pesquisa foi publicada na revista Psychological Medicine .

Cortes e queimaduras auto-infringidas podem sugerir desfechos mais severos, dizem os pesquisadores.

As respostas mais comuns do porque as crianças faziam isso eram:

* para ficar no controle de uma situação;
* parar uma emoção negativa;
* tentar conseguir uma reação de outra pessoa.


Eles estariam fazendo algo que só era encontrado em crianças com problemas mentais, ferindo-se, para lidar com estresse emocional.

Outros estudos também encontraram altos índices de FAIS em estudantes universitários onde a maioria não procurou ajuda médica ou psicológica.

Outros estudos também encontraram diversas postagens, em comunidades na internet, de adolescentes cometendo FAIS. Alguns com desfechos ruins e outros positivos. O problema é que essa subcultura virtual pode reforçar e estimular o comportamento autodestrutivo alcançando uma quantidade de jovens muito maior, alertam os cientistas.

Com informações do LiveScience.com

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