quarta-feira, 31 de maio de 2006

Pensamento

"Deve-se cobrir a mentira com um manto de verdade."
Torquato Tasso (1544 - 1595), poeta italiano

Charges do Roque


Frase


"Todo o político vem com essa conversa de emprego e renda, emprego e renda, emprego e renda. Chega a dar raiva"
Fernando Bertuol, pres. da Aclame (Associação da Classe Média), defendendo a redução de impostos para aumentar o consumo e gerar um ciclo virtuoso

Claudio Humberto


Factóide

À falta de factóide melhor, o presidente Lula baixou um decreto fixando 24 de maio como o “Dia Nacional do Cigano”. Falta ainda o Dia do MST.

Placa

Entendido

PT E SEVERINO DIVIDEM R$ 890 MILHÕES


Verbas federais carimbadas para fins eleitorais

Um preposto do ex-deputado Severino Cavalcanti dividiu R$ 890 milhões de verbas entre prefeituras petistas (que farão o repasse através de empreiteiros às campanhas de Lula e aliados) e feudos eleitorais do ex-Presidente da Câmara e aliados.

O dinheiro era, teoricamente, destinado à melhoria de assentamentos precários e à construção de habitações para famílias de baixa renda, e foi liberado em 7 de fevereiro de 2006, através da MP 279. Em maio foi aberto crédito para 28 prefeituras do PT e 13 do PP.

O Ministério das Cidades – controlado por Severino, que em contrapartida garante ao Governo os votos do PP na Câmara – terá que se explicar ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.

O Ministério das Cidades criou uma série de cálculos absurdos, que os funcionários chamam de “roleta viciada”, uma vez que só favorecem as prefeituras indicadas pelo Palácio do Planalto. Os levantamentos realizados até agora revelam, por exemplo, que foi dado um cala-boca à Prefeita petista de Fortaleza, considerada “rebelde” pelo partido e que queria apoiar o irmão do ex-Ministro Ciro Gomes a Governador do Ceará. Depois de receber seu quinhão do derrame do Ministério das Cidades ela mudou de opinião.(política & verdade)

Webvoto


E quando é que começa o negócio de poder votar pela internet?
A pergunta, lançada assim de repente por Ricardo, operador de som, eleitor no Rio de Janeiro, faz sentido. Principalmente diante da tese defendida pelo autor: "Já que o voto é obrigatório, podendo votar pela internet pelo menos a gente não perde o dia com quem não merece."O rapaz fala de comodidade, fala da irritação popular com a política, em boa medida fala de alienação, mas fala também uma verdade quando contrapõe a obrigatoriedade do voto à falta de compromisso do eleito com o votante.Um é punido se não votar, o outro faz o que quer com o mandato; até transformá-lo em instrumento de compra e venda, correndo risco mínimo de punição.(Dora Kramer - O Estado de S. Paulo)

DESTA VEZ, SABE-SE DOS INTESTINOS DA CAMPANHA DE LULA


Ao contrário de 2002, quando Duda Mendonça agiu impunemente, agora será diferente

O conhecimento de todos os truques – e, principalmente, os recursos astronômicos que criaram a imagem do “Lulinha, paz e amor” – do marqueteiro Duda Mendonça, vai tornar difícil a manipulação de 2002. Desta vez, tanto o eleitor sabe dos golpes como os “testas de ferro” usados por Duda já foram devidamente identificados: os dois primeiros falsos “substitutos”, João Santana (vulgo Patinhas) e Edson Nunes (Edinho) já foram flagrados consultando o patrão e exibindo-lhe os tapes de trabalhos que já realizaram para Lula. Só depois de aprovadas e retocadas por Duda Mendonça, que determinou mudanças, foram ao ar as gravações com a mensagem de 1º de maio de Lula e o programa do PT.

Os dois testas de ferro de Duda foram escolhidos para despistar as ligações entre as agências que receberam dinheiro do Governo (dois terços delas “subsidiárias” da holding de Duda) e os prestadores de serviço (como produtoras de vídeo e gráficas) que vão atender Lula em 2006. Calcula-se que mais de 50% dos gastos de propaganda de Lula serão cobertos como “bonificações” da publicidade oficial tanto direta como de empresas do Governo Federal. Mas, esse escândalo vai explodir. A documentação já existe.(Política & Verdade)

Artigo

UM CORRUPTO DE DIREITA
por Rodrigo Constantino


Caro leitor, pretendo a seguir apresentar a figura hipotética de um governante, eleito para presidir um grande país. Qualquer semelhança com alguém conhecido pode não ser mera coincidência. Peço, entretanto, que o leitor tente focar apenas nos supostos fatos em si, ignorando a pessoa do governante. Afinal, a justiça é cega para cor, raça, sexo ou ideologia, devendo ater-se somente aos fatos. Façamos justiça então!

Era uma vez um sujeito carismático, que pregava soluções milagrosas e simplistas para os males que assolavam sua nação. Após algumas tentativas, ele logrou chegar ao poder. Quando sentado ao trono, no entanto, teve que esquecer todas aquelas crenças que divulgava como corretas para levar o país ao progresso. Culpou a “herança maldita” pelas coisas ruins que viu na economia, mas acabou repetindo o mesmo modelo que o anterior nesta área específica. Na verdade, fez ainda pior, e o crescimento econômico durante seu governo foi pior que medíocre quando comparado ao resto do mundo. No restante, de fato trouxe mudanças. Todas para pior.

Esse governante sempre flertou com ditadores assassinos. Suas amizades eram mais que suspeitas. Seu partido contava com figuras pitorescas, da sua extrema confiança. Incluíam terroristas, assaltantes de bancos e até seqüestradores. Eles receberam cargos importantes – além de anistias milionárias por este passado criminoso – quando o governante assumiu a presidência. Alguns viraram ministros. No entanto, alguns fatos vieram à tona, e um sério procurador da Justiça acusou a turma toda de formação de quadrilha. As evidências que sustentavam tal acusação eram contundentes, não deixando margem para dúvidas. Tratava-se de um enorme assalto aos cofres públicos, com um nefasto projeto de poder perpetrado por 40 ladrões, todos muito próximos do governante. Faltava apenas o Ali Babá, que somente repetia que não sabia de nada, não tinha visto nada, e que roubar era algo comum no país. Mas ele era, segundo ele mesmo, o ser mais ético de todos na nação.

Fora o maior esquema de corrupção de que se tem conhecimento no país, o governo do nosso “amigo” avançou – ou tentou avançar – sobre a liberdade dos indivíduos também. Parece que atacar apenas o seu bolso não era suficiente. Desta forma, seu governo tentou amordaçar a mídia, buscando copiar aquilo que seus camaradas ditadores tinham feito. Propôs projetos para controle sobre os jornalistas, expulsou do país um deles e tentou tomar conta até do cinema nacional. As verbas com propaganda cresceram. Até mesmo promotores foram alvo de seu viés autoritário. Controlar súditos, não governar para cidadãos, parecia ser claramente seu objetivo.

O projeto de poder não parecia limitado ao seu país. A megalomania era visível em seus discursos e ações. Assim, o governante começou a perdoar dívidas com o dinheiro dos outros, tentando conseguir votos para uma inútil cadeira no Conselho da ONU. Visitou cruéis ditadores para pescar mais alguns votos. Mandou tropas nacionais para um país vizinho, enquanto largava a questão da segurança no país em situação precária. Parece que exercer controle político maior mundo afora era mais importante para ele que cuidar do próprio quintal.

Nosso governante abraçou com vontade o populismo também. Deu um nome novo ao modelo assistencialista que herdou, expandiu as esmolas e criou novos – e fracassados – programas sociais. Tentou atacar o problema da fome, absurdamente exagerado por ele, criando um super aparato burocrático. A ineficiência e corrupção não poderiam faltar, e os resultados foram piores que pífios. Na questão do emprego fez ainda pior, lançando um programa já falido desde o nascimento, servindo apenas para jogar o suado dinheiro do povo no lixo. Isso porque ele havia prometido a criação de 10 milhões de empregos durante sua campanha. Os únicos que “criou” foram os milhares de cargos distribuídos para seus colegas de partido, aumentando os já estratosféricos gastos públicos. Gastou ainda milhões e milhões para tentar desarmar os inocentes, enquanto os bandidos armavam-se cada vez mais. Na completa confusão entre público e privado, depois de colocar o símbolo do seu partido no jardim da casa oficial da presidência, gastou dez milhões de dólares dos contribuintes para pagar uma viagem de turismo para um astronauta, que foi plantar feijão no espaço. O descaso com o duro e suado dinheiro que os pagadores de impostos ganham era total.

A lista de atrocidades do governante “hipotético” é bem maior, quase infindável. Elas não caberiam todas neste curto artigo. Elas abrangem vários artigos criminais e ferem qualquer código de ética. Mas acredito que já é possível pegar a idéia geral. Resta agora fazer então um último pedido ao leitor. Peço que feche os olhos e imagine que esse governante... é de direita! O leitor daria seu voto novamente para ele?

A ideologia não pode estar acima dos fatos. A justiça verdadeira exige um julgamento imparcial. Quem votar no Lula mesmo após tudo que sabemos, é tudo, menos justo.

terça-feira, 30 de maio de 2006

Charge do Roque

Frase

"Talvez o presidente Lula, tão acostumado a trair compromissos eleitorais, não tenha imaginado que Evo Morales cumpriria sua promessa"
Heloísa Helena, sobre a decisão do governo boliviano de nacionalizar as reservas de gás e petróleo.

Fórum dos Leitores - O Estado de S. Paulo

Alckmin x Lula

Abro aqui um desafio aos caros colegas deste Fórum que estão descrentes da candidatura de Geraldo Alckmin. Afirmo quantas vezes forem necessárias que Alckmin vencerá as eleições deste ano, só não sei se no primeiro ou no segundo turno. Os resultados das pesquisas realizadas atualmente são absolutamente inconsistentes, pois mensuram um cenário de total falta de igualdade entre os candidatos. O que ocorre agora é uma monocampanha do presidente Lula, que usa massivamente a estrutura de mídia do governo e a de transportes da Presidência para manter o atual patamar de intenção de votos, que, diga-se de passagem, permanece inalterado e por isso ele só tem a perder. Subir mais além do que está não tem como, dada a sua elevadíssima taxa de rejeição. Quando a campanha for posta nas ruas e Alckmin começar a aparecer na mídia, Lula minguará dia a dia até a data da eleição, quando finalmente será massacrado pelas urnas. Os descrentes podem anotar: a diferença de votos de Alckmin sobre Lula será muito, mas muito expressiva.
FREDERICOP D'AVILA
frederico@fdaagropower.com.br
São Paulo

Vias de fato

Com bem disse Dora Kramer, "no governo há campanha sem candidato, na oposição há candidato sem campanha". Disso se pode deduzir que deve haver também pesquisas sem eleitor. E tudo não passa de uma armação para confundir a população, principalmente aos mais desinformados.
IZABEL AVALONE
izabelavallone@yahoo.com.br
São Paulo

Pensamento

A CONFIANÇA NÃO SE IMPÕE, GANHA-SE.
L. J. Lebret

Piada

Num congresso internacional de medicina

O médico alemão diz: "Na Alemanha fazemos transplantes de um dedo e
em 4 semanas o paciente está procurando emprego".

O médico espanhol afirma: "A medicina na Espanha é tão avançada
que conseguimos fazer um transplante de cérebro e em 6 semanas o paciente
está procurando emprego".

O russo diz: "Fazemos um transplante de peito e em 1 semana o cara
pode procurar emprego".

O médico grego disse: "Temos um trabalho de recuperação de
bêbados, que em 15 dias, o indivíduo pode procurar emprego".

O médico brasileiro diz orgulhoso: "Isso não é nada!. No Brasil
nós pegamos um cara sem dedo, sem cérebro, sem peito e chegado a uma pinga,
colocamos na presidência e agora, o país inteiro está procurando emprego."

Colaboração: Karina Spengler

Aviso

Para ampliar, clique na imagem.
Colaboração: Mario Machota

Vai entender essa gente


Há uma articulação discreta — como o beneficiário — de eleger Marco Maciel presidente do PFL no lugar de Bornhausen.

A troca facilitaria uma aproximação do partido com o governo Lula num eventual segundo mandato.(Ancelmo Gois - OGLOBO)

Manda a conta...


O presidente Lula assina nos próximos dias uma Medida Provisória que vai assegurar o pagamento das milionárias indenizações que o governo deve a cerca de 6.700 anistiados políticos. A conta chega a R$ 2,2 bilhões só de retroativos, os passivos acumulados ao longo dos anos.

Tá com medo do quê, o mané?


O ministro Luiz Dulce, da Secretaria Geral da Presidência, está procurando todos os velhos aliados do PT nos movimentos sociais – CUT, MST, ONGs. O plano é pedir uma trégua. Que não façam greves ou algazarras até as eleições de outubro. (Hugo Studart - IstoÉ)

Editorial - O Estado de S. Paulo - 25/05/06


Com a palavra o Supremo

Para convencer o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, a reconsiderar sua decisão de impedir que o deputado cassado José Dirceu fosse investigado sobre o esquema de cobrança de propina em Santo André, que estaria relacionado ao assassinato do prefeito Celso Daniel - decisão essa, do ministro Grau, baseada em outra de 2002, do ex-ministro Nelson Jobim, que não via indícios suficientes para a investigação -, o Ministério Público Estadual (MPE)apresentou ao STF uma nova, consistente e contundente testemunha, que confirmou, com convincentes pormenores, as suspeitas do MP paulista e os reiterados depoimentos dos irmãos do prefeito morto, João Francisco e Bruno Daniel, no sentido de ter-se tratado de um crime político. Essa testemunha é o secretário de Habitação de Mauá (município da Grande São Paulo), Altivo Ovando Júnior, também secretário à época daquela ocorrência, para quem "o então presidente do PT, José Dirceu, também tinha conhecimento da arrecadação de propina em Santo André, como relatava em reuniões no gabinete do prefeito".

Recorde-se que quatro meses depois do seqüestro e assassinato do prefeito Daniel - ocorrido em 18 de janeiro de 2002 - seu irmão mais velho, o médico João Francisco, comunicou ao MP ter ouvido de Gilberto Carvalho (hoje assessor especial do presidente Lula) que parte do dinheiro da propina, arrecadada de empresas prestadoras de serviços àquela prefeitura, era levada para Dirceu, então presidente do PT. Posteriormente, em depoimento prestado à CPI dos Bingos, o outro irmão, Bruno Daniel, confirmou a denúncia. O MP concluiu que uma "quadrilha organizada estável" tomou conta de setores da administração Celso Daniel, fazendo com que o dinheiro ilícito arrecadado se destinasse a campanhas eleitorais petistas. A suspeita maior é de que o prefeito tenha se tornado um arquivo, pronto a ser queimado, ao descobrir desvios para particulares, na destinação daqueles recursos.

Nas declarações prestadas, em fevereiro, ao Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público Estadual que investiga a corrupção e desvios de recursos públicos, e, mais especificamente, na entrevista que concedeu a este jornal na noite de terça-feira, Altivo Ovando Júnior afirmou que José Dirceu fora várias vezes ao gabinete do então prefeito de Mauá Oswaldo Dias (de quem Altivo era secretário da Habitação); que Dirceu falava, abertamente, sobre a obrigatoriedade do esquema de arrecadação de dinheiro, em favor do PT, que atingia todas as prefeituras sob administração petista. Indagado sobre os setores que faziam tais "contribuições", o secretário esclareceu: "Com lixo e construtoras era em todas as prefeituras. Era aberto, todo mundo sabia que envolvia construtoras, contratos de lixo, essas coisas. Hoje isso está público, todo mundo conhece. Mas eles sempre fizeram, sempre existiu essa indústria de arrecadar dinheiro, infelizmente."

Quando indagado sobre seu trabalho com a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, Altivo Ovando Júnior declarou: "Trabalhei por seis meses como superintendente de Projetos Viários da Prefeitura de São Paulo. Eu deixei o cargo pelo mesmo motivo pelo qual larguei a Secretaria de Habitação de Mauá, por problemas dessa natureza, de institucionalização da corrupção." E esclareceu: "Deixei quando vieram e me enquadraram: 'ou você faz ou está fora'. Saí na hora. Hoje todo mundo sabe dessa indústria de corrupção montada pelo PT. Mas ela já estava institucionalizada havia muito tempo."

Em sã consciência, com todos os episódios que vieram à tona por meio das CPIs, e, sobretudo, pelo fundamentado relatório do insuspeito procurador-geral da República, seria razoável rechaçar, in limine, as graves denúncias expostas por essa nova e qualificada testemunha? E será que o Supremo Tribunal Federal negará, mais uma vez (pela decisão monocrática de um de seus membros), a oportunidade de ser aprofundada a investigação sobre um crime tenebroso, durante cuja apuração houve tantas inexplicadas mortes - como a do perito Carlos Delmonte Printes, para quem Celso Daniel foi torturado antes de morrer? Com a palavra, agora, a mais alta Corte de Justiça do País.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Charge do Roque

Pensamento

"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las."
Santo Agostinho

Frase

“O nosso ‘tsunami’ está aí, à vista de todos, a partir do que ocorreu em São Paulo”.
Flávio Tavares, jornalista e escritor, referindo-se às ações violentas do PCC e a situação sócio-econômica e política do país.

Por dentro da Política

Há muito voto voando por aí
Ouça o comentário de Lucia Hippolito

REPÓRTER DO “LE MONDE” FAZ LULA CONFESSAR


A habilidade de uma repórter do jornal francês “Lê Monde” fez Lula confessar os crimes de corrupção do PT. O presidente disse que “o PT pagará pelos erros que cometeu.” Em seguida, porém, tentou reduzir o impacto da confissão, acrescentando: "é preciso distinguir entre os erros cometidos e os crimes que os adversários do PT atribuem a ele".

Mostrando, porém, sua aposta na impunidade dos “companheiros” que desviaram recursos do governo para pagar contas eleitorais do PT, informou que "boa parte" dos envolvidos vai ser absolvida.

Lula escorregou quando, de chofre, foi perguntado pelas lições tiradas da crise do mensalão, que, como sabemos, é uma palavra maldita no Governo. É ponto de honra do PT negar a existência do mensalão. Lula não disse que, pessoalmente, em ato público, já reabilitou os “companheiros” envolvidos nos roubos e que constituem o processo do “Ali Babá e os quarenta ladrões” como se tornou-conhecido o libelo do Procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza.

Preparado por assessores para fazer uma frase de efeito (para despertar interesse dos leitores do Le Monde) declarou que a esquerda não existe mais. Mas, confessou que lidera um partido corrupto. (Política & Verdade)

Segunda-feira

Artigo


LUTEM, COVARDES!
por Reinaldo Azevedo (Primeira Leitura)
24.05


Vocês já contaram com a possibilidade de esse troço – refiro-me ao Brasil mesmo – não ter saída? Pensem um pouco: quem disse que tem de ter? Há coisas que não dão certo, que falham. Lembro-me de Bill Gates testando ao vivo, na TV, a versão 98 do Windows. Pimba! Travou a máquina. Se até o que obedece a um rigoroso planejamento pode “dar pau”, onde é que está escrito que um bom futuro espera o “adormecido em berço esplêndido”, com toda a sua rotina de improvisos e tolices? E se o país não estiver dormindo, mas morto?

Ok, como naquele poema do Drummond, entretanto lutamos, mal rompe a manhã. A minha manhã começa um pouco mais tarde, mas fico aqui a cuidar do mundo enquanto você dorme, leitor amigo. Mas que cansa, cansa. Algumas épocas são particularmente sensíveis à idiotia. Vivemos um desses períodos. Ou Lula não seria presidente da República, com grande chance de ser reeleito.

No Bananão, até resenha de livro já rende direito de resposta. Em breve, teremos de banir a crítica literária, política ou ideológica ou só exercê-la com um bom advogado. No dia em que Evo Morales disse que o Brasil ganhou o Acre em troca de um cavalo, observei aqui que se tratava de uma mentira, mas sugeri devolver o Estado aos bolivianos e pegar de volta a Petrobras e o... cavalo. Era uma brincadeira, claro. Embora eu creia que me seja facultado o direito de achar que a Bolívia mereça ter, entre os seus, os irmãos Viana (Jorge e Tião) e Marina Silva. Os bolivianos vão ver o que é bom pra tosse.

Junto com a vergonha na cara, o país está perdendo também o senso de humor. Espero que os bolivianos não tomem essa minha sugestão de lhes dar a trinca de presente como um ato hostil. No Manhattan Conection, Diogo Mainardi fez brincadeira semelhante. Parece que uma deputada propôs uma ação popular contra ele e quer sei lá quanto de indenização para cada acreano que se julgar ofendido. Engraçado isso! Podem falar mal de São Paulo à vontade. Duvido que Diogo dê a mínima. Ou qualquer paulista. A gente até ajuda a malhar. Eu não sei por que um acreano tem de gostar mais do Acre do que um paulista de São Paulo. Aliás, não tenho a menor idéia do que significa “ser paulista”.

O que será? A gente deveria andar com uma viola nas costas, chapéu de palha e fumo de corda no bolso? Deveríamos ter no paletó um broche com a torre da Fiesp em metal dourado? Andaríamos com uma camiseta dos movimentos de rap da periferia? Reivindicaríamos a glória de termos dado à luz Marcola e o PCC? Deveríamos fazer como Mário de Andrade e ficar fazendo poesia sobre o rio Tietê? Exaltaríamos, mais antigos, os bugres bandeirantes, de pé no chão e chicote na mão? Que diabo é ser paulista? Não sei. Mas os acreanos ofendidos devem saber muito bem por que é tão doce e decoroso ser do Acre, razão que tornaria o Estado imune até mesmo a uma piada.

Até na minha Dois Córregos natal, a pequenina e valente, podem descer a língua. Ainda que o rio da minha aldeia fosse mais bacana, ficaria de bico calado por puro constrangimento. Quando eu era moleque e comunista, já era internacionalista. Se algum acreano sugerir que São Paulo deva ser separado do Brasil, conta com o meu integral apoio. Existe uma certa cultura antipaulista no país. Alinho-me com os separatistas “brasileiros” contra os “paulistas”. E isso aí, gente, fora com São Paulo!

Em breve, carioca que fizer piada sobre Niterói terá de pagar uma pesada indenização. Espero o dia em que uma associação de restaurantes de comida japonesa queira me processar porque acho antropologicamente impossível que um ocidental possa gostar de peixe cru com algas marinhas e nabo ralado. Ou, então, os admiradores do Bolero, de Ravel, se darão o direito de praticar atentados contra mim — espero, ao menos, que sejam suicidas — porque acho aquele troço insuportável.

Procure ler, leitor amigo, o livro A Cultura da Reclamação, de Robert Hughes. Estamos claramente mimetizando o “reivindicacionismo” de país rico, onde vicejou o politicamente correto, já em decadência. Chegamos tarde também nisso. Só que não temos a grana para arcar ou com ações afirmativas ou com um bom debate, com todas as frentes da batalha devidamente organizadas. Resultado: há um certo fascismo larvar em curso. Qualquer um que se declara destituído de algo a que julga ter direito se organiza para tomar na porrada o que acha que lhe pertence. Uma suposta legitimidade histórica é tomada como um novo direito divino.

Leiam o noticiário do site e os textos de Rui Nogueira e Liliana Pinheiro sobre, respectivamente, a questão da segurança pública e o depoimento de Delúbio Soares. Acrescente-se a isso o comportamento das oposições até aqui — com as exceções honrosas de sempre, é claro. Admitamos: as chances de isso ter futuro são muito reduzidas. Num papo ao telefone, hoje, com o professor Roberto Romano — afinal, sou o recluso do crânio rachado —, ele citou um amigo comentando a fala de uma terceira pessoa: “O que ele diz [esta terceira pessoa] não é nem certo nem errado, nem razoável nem absurdo; é apenas admirável”.

É isso: vivemos dias absolutamente “admiráveis”. Tão admiráveis, que Márcio Thomaz Bastos vai à casa de um senador da República, da oposição!, para manter um encontro, definido como “institucional” pelo ministro Tarso Genro, com Daniel Dantas. Se o Barão de Münchausen aparecer na minha frente segurando a própria cabeça, direi a ele um burocrático “bom dia!” e seguirei adiante. Tudo absolutamente corriqueiro, tudo absolutamente normal.

Lula recebee, na terça passada, lideranças evangélicas e, segundo entendi, vê a mão de Deus no seu governo. Também tentou divisar a ação divina no fato de um imigrante de Garanhuns ter chegado à Presidência da República. Ai, ai, leitor. Você sabe qual é a crítica fácil, não é? Messianismo. Fácil e errada. Lula não é um messiânico desses que brotam com facilidade na América Latina. Os petistas têm razão em dizer que sua política econômica desautoriza tal abordagem.

Seu populismo é mais refinado e já fez pós-graduação na PUC do Rio. Lula acreditar que tanto ele próprio como o seu governo são coisa de Deus me parece até razoável, compatível com a sua política e com seu nível mental. Que não topem com uma ação organizada e consistente contra esse absurdo, bem, o surrealismo reside aí. Lula é só um dado da realidade corriqueira de países atrasados.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

A culpa é de quem?

Ex-Blog do Cesar Maia


DE QUEM FOI A IDÉIA DO PLEBISCITO SOBRE AS ARMAS ?
Seu custo daria para construir uns 20 presídios de segurança máxima,...pelo menos !

Pensamento

"O Poder corrompe. O Poder absoluto corrompe absolutamente"
Lord Acton

7 PASSOS PARA COMEÇAR BEM SEU DIA!

Faça isto, é muito bom !!!!!

Passo Nº. 1 - INICIE SEU COMPUTADOR

Passo Nº. 2 - ABRA UM NOVO ARQUIVO

Passo Nº. 3 - SALVE-O COM O NOME DE "LUIS INÁCIO LULA DA SILVA"

Passo Nº. 4 - CLIQUE EM "*EXCLUIR*";

Passo Nº. 5 - VAI APARECER A SEGUINTE MENSAGEM:


*TEM CERTEZA DE QUE DESEJA ENVIAR "LUIS INÁCIO LULA DA SILVA"
PARA A LIXEIRA ? *


Passo Nº. 6 - CLIQUE *SIM*.


Passo Nº. 7 - PRONTO. VOCÊ JÁ NÃO SE SENTE BEM MELHOR ?????

Enviado por: Doalcei Marcos da Silveira

Entregas rápidas

Mínimo de R$ 570 é possível


Mínimo de R$ 570 é possível e não quebra a Previdência
[AG. SENADO/IARA BORGES/COSTA RICA NEWS – CRN]

Durante audiência pública da Comissão Mista Especial do Salário Mínimo em Porto Alegre, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) afirmou que é possível pagar um salário mínimo no valor de R$ 570,00 sem que haja quebra da Previdência Social. Na opinião da senadora, esse valor está dentro dos limites exigidos pela lei de responsabilidade social e não causará nenhuma instabilidade social.

- Estamos falando do que é preciso fazer hoje. É possível pagar um salário mínimo de R$ 570,00. Não quebra a Previdência - a Seguridade Social é superavitária - isso é farsa econômica e fraude política. Não apresentamos propostas incompatíveis, que vão quebrar o Brasil - disse a senadora.

Heloísa explicou que o aumento do salário mínimo poderia afetar apenas três setores da economia brasileira: 1% das pequenas prefeituras, que poderiam sofrer impacto na folha de pagamento; pequenas e microempresas rurais e urbanas e pessoas que têm empregado doméstico. Essas perdas, disse ela, podem ser compensadas, por exemplo, por meio de reformas tributárias.

Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou a preocupação de que o salário mínimo nacional tenha um valor suficiente para que os brasileiros possam adquirir o essencial à sobrevivência.

- Não estamos pedindo nada imoral, não estamos preocupados se há quem ganhe milhões, mas sim que as famílias tenham o mínimo para viver com dignidade - observou Simon.

Também presente à audiência, o deputado Marco Maia (PT-RS) disse que os reajustes do salário mínimo devem ser repassados a todos os trabalhadores, inclusive aos aposentados e pensionistas.

Frase

"O revolucionário mais radical se torna um conservador no dia seguinte à revolução"
Hannah Arendt (1906-1975), filósofa alemã

Artigo


Não à corrupção
O Estado de São Paulo
Carlos Alberto Di Franco, diretor do Master em Jornalismo, professor de Ética e doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, é diretor da Di Franco - Consultoria em Estratégia de Mídia.


O recrudescimento da crise brasileira, com cenas próprias da pior delinqüência - flagrantes policiais de situações constrangedoras, depoimentos cinicamente falsos (emblemático o show protagonizado pelo ex-secretário do PT na CPI dos Bingos) e o gritante silêncio do presidente da República -, conduz, inevitavelmente, a uma conclusão: as instituições estão submetidas a uma estratégia programada de desmoralização. A mentira, o cinismo e a impunidade, devidamente condimentadas com o tempero do populismo, dão um caldo antidemocrático.

Recentemente, ao encerrar o seu 13º Encontro Nacional, o Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou um documento constrangedor. Os petistas decidiram que o escândalo do mensalão não deve ser investigado no âmbito do partido neste ano, só em 2007. A agremiação da "ética na política", preocupada com as conveniências eleitorais, mandou às favas quaisquer escrúpulos éticos. Mas o cinismo foi mais longe. Por aclamação, decidiu-se autorizar o partido a fazer "alianças com partidos que integram a base de apoio do governo, bem como com partidos que não integram a base", excluindo apenas o PSDB e o PFL. Resumo da ópera: o PT do presidente Lula está renovando os contratos com o PTB de Roberto Jefferson, o PL de Valdemar Costa Neto, o PP de José Janene e, se possível, com o PMDB de José Borba. É de esperar o lançamento do mensalão 2.

Por isso, não foi de estranhar o discurso do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Perplexos, percebemos, na simples comparação entre o discurso oficial e as notícias jornalísticas, que o Brasil se tornou um país do faz-de-conta. Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais, que os culpados nada sabiam - o que lhes daria uma carta de alforria prévia para continuar agindo como se nada de mau tivessem feito." O desabafo do ministro foi premonitório. Afinal, José Dirceu, "o chefe da quadrilha" - segundo escreveu o procurador-geral da República na denúncia em que acusou a antiga cúpula do partido do presidente da República de se ter convertido numa "organização criminosa" -, é, de fato, o articulador da reeleição de Lula. O procurador-geral, homem sério e nomeado pelo próprio Lula, falou o que todos sabiam: foi instalada uma rede criminosa no coração do Estado brasileiro.

Para encerrar a lambança com chave de ouro, caro leitor, os petistas querem eleger novamente os parlamentares e líderes partidários envolvidos na crise do mensalão. Em sondagens feitas por vários diretórios municipais de São Paulo na prévia para decidir o candidato a governador, os filiados do PT indicaram, entre os preferidos a uma vaga na Câmara, João Paulo Cunha, Professor Luizinho, José Mentor (que escaparam da cassação) e o ex-presidente do PT José Genoino. O ex-ministro Antonio Palocci, que deixou o governo sob a acusação de ser o responsável pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, foi o líder absoluto na prévia petista em seu reduto eleitoral, Ribeirão Preto. O presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, disse que a direção partidária vê a participação desses personagens na eleição como uma necessidade política. "Vamos pedir para irem à luta e enfrentarem as dificuldades." Vale tudo. O fim (o poder) justifica quaisquer meios.

E o Poder Legislativo, caro leitor? A pizzaria do Congresso tem tido muita demanda. Afinal, as absolvições de parlamentares apanhados com a boca na botija começam com samba no plenário e terminam em festa animada com um bom chopinho. É triste, mas é assim. Ao invés de se empenhar para esclarecer as suspeitas levantadas contra dezenas de deputados envolvidos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento da União, a Câmara reagiu à Operação Sanguessuga com ataques aos responsáveis pelas investigações. Depois de limitar a apuração interna a 16 dos 62 parlamentares citados pela Polícia Federal, líderes partidários não querem mais aceitar as listas de suspeitos por ela preparadas. Agora cobram explicações da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça. As instituições estão, de fato, profundamente abaladas.

Uma democracia, no entanto, se constrói na adversidade. O Brasil, felizmente, ainda conta com um Ministério Público atuante, um Judiciário, não obstante decepções pontuais, bastante razoável (a politização do STF, por exemplo, começa a arrefecer graças à retidão da maioria dos seus integrantes e à competência da presidente Ellen Gracie) e uma imprensa que não se dobra às pressões do poder. É preciso, no entanto, que a sociedade, sobretudo a classe média, mais informada e educada, assuma o seu papel no combate à corrupção. Não tem sentido que os partidos continuem protegendo a imagem do presidente da República. Afinal, quem merece blindagem contra a corrupção é o Brasil e seu povo ordeiro e sacrificado.

As massas miseráveis, reféns do populismo interesseiro, da desinformação e da insensibilidade de certa elite, só serão acordadas se a classe média, fiel da balança de qualquer democracia, decidir dar um basta à vilania que tomou conta do núcleo do poder. Chegou a hora de a sociedade civil mostrar sua cara e sua força. É preciso, finalmente, cobrar a reforma política. Todos sabem disso. Há décadas. O atual modelo é a principal causa da corrupção. Quando falta transparência, sobram sombras.

O Brasil, caro leitor, pode sair deste pântano para um patamar civilizado. Mas, para que isso aconteça, com a urgência que se impõe, é preciso que os culpados sejam punidos. Mesmo que se trate do presidente da República.

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Pensamento

"A MENTIRA PASSA, A VERDADE FICA."
N. Bonaparte

Frase da Internet

"A diferença entre o PCC e o PT, é que o PCC assume o que faz".

Cartas dos Leitores - O Globo


Lista de mortos

Quando marginais são mortos em ações da polícia, engravatados questionam a truculência e a legitimidade das ações policiais, dizendo que os direitos humanos dos presos foram violados. Por que nunca aparecem tais defensores para prestar apoio aos policiais e civis mortos em ações dessas milícias armadas cada vez mais crescentes no país? E os advogados que dizem defender os direitos do bandido e não os crimes por eles cometidos? Bandidos desse tipo podem ser considerados seres humanos e ter direitos? Deveriam ter dois direitos: o primeiro é não ter direito; e o segundo é não abusar do direito que têm. Se os presos de alta periculosidade fossem trancafiados na Ilha da Trindade, não precisaríamos de bloqueador de celular.
HILSON B. NOVARINO JÚNIOR
(por e-mail, 21/5), Rio

A imprensa e outros órgãos pressionam para que as autoridades paulistas divulguem os nomes das pessoas mortas em confronto com a polícia. É forte a suspeita de que o que querem é a possibilidade de identificar, entre os que morreram em decorrência de ação policial, pessoas consideradas não-bandidas, não-marginais, inocentes, para poderem criticar e incriminar as polícias e as autoridades paulistas! Não percebi em relação aos policiais assassinados sentimento algum de solidariedade e preocupação.
LUIZ ANTONIO R. MENDES RIBEIRO
(por e-mail, 21/5), Belo Horizonte, MG

Algum representante dos direitos humanos prestou solidariedade às famílias dos militares mortos? Alguém foi visitar essas famílias e dizer que elas deveriam entrar com um processo indenizatório contra o Estado? Duvido que isso tenha ocorrido, ou que venha a ocorrer. A preocupação é com a lista dos suspeitos mortos. Não sou a favor da matança indiscriminada mas, numa situação como a enfrentada em São Paulo, inocente estava em casa tentando proteger sua família, enquanto os bravos policiais tentavam manter a ordem nas ruas, sendo caçados que nem animais na selva.
SHEILA ALBI VIEIRA
(por e-mail, 20/5), Rio

Estava demorando para que as ONGs de defesa dos direitos humanos começassem a defender os bandidos mortos pela polícia de São Paulo. Por que não se manifestaram quando policiais, bombeiros e civis inocentes foram mortos? Só existem direitos humanos para bandido; para a sociedade civil, não.
MARCELO COSTA
(via Globo Online, 22/5), Rio

Vergonha nacional, mais um dePUTAdo absolvido pelo plenário

Mãe do Popeye

Frase

"O robô não faz greve, não tira férias e nem fica grávido; mas a diferença é que o produto que eu faço ele não compra". Aposentado e ex-operário da Volkswagen em São Bernardo do Campo, Roque Laurindo, 68, para quem "países pobres como o Brasil deveriam limitar a robotização na indústria".

É pra acabar


Fronteiras confusas
Editorial - FSP

EM MAIS um exemplo de confusão entre Estado, governo e partido, a administração petista está promovendo uma explosão de sindicalizações entre trabalhadores rurais que beneficia principalmente a CUT, central sindical que mantêm vínculos históricos com o PT.

As verbas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) foram multiplicadas por cinco na atual gestão e, para ter direito aos empréstimos fortemente subsidiados, é preciso provar a condição de trabalhador rural. O governo oferece dois modos de fazê-lo. Um é obter certidão emitida por uma Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural). Só que essas empresas, dos governos estaduais, pouco atuam. O outro caminho é obter a declaração de um sindicato.

O resultado dessa combinação é duplamente favorável ao governo. De um lado, o aumento das sindicalizações fortalece a CUT. Dos 3.490 sindicatos hoje filiados à central, 1.272 (36%) já são de agricultores. De outro, um contingente crescente de trabalhadores rurais está sendo beneficiado com verbas que poderão chegar a R$ 10 bilhões neste ano, o que tende a favorecer o governo nas eleições. A título de comparação, o orçamento do Bolsa-Família, vedete eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é de R$ 8,7 bilhões neste ano.

É natural que trabalhadores se organizem em sindicatos e que a agricultura familiar receba apoio estatal. O que é lamentável, porém, é verificar que o modelo de financiar essa atividade beneficia os governantes de turno e seus amigos.

Num sindicalismo saudável, centrais crescem quando conseguem promover melhores negociações e oferecer melhores serviços a seus filiados. No sindicalismo petista, a CUT cresce servindo de intermediária na liberação de verbas públicas.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Registrando


Hoje estou sem cabeça para postar algo, mas quero deixar o registro do aniversário de um dos maiores chargistas do nosso país, Roque Sponholz, que aconteceu ontem.

Roque, desejo-lhe, felicidades e muita, muita, muita saúde, que continues nos alegrando por muito tempo com as tuas charges.

Ontem ao mandar-lhe um e-mail felicitando-o pela data, recebi a seguinte resposta, que vale a pena repassar para todos:

"Grato, meu amigo Joel.
Saiba que meu melhor presente de aniversário será ver um Brasil limpo e principalmente com muitas lulas no mar e nenhuma a nos governar.
1grandabraço.....................róq"


terça-feira, 23 de maio de 2006

Frase




“O governo do PT desmoralizou o escândalo!” (Max Camillo, de Nova Lima, MG).

Ex-Blog Cesar Maia


VOCÊ SE LEMBRA DESTE MIMO QUE LULA FEZ AO EVO MORALES ?

LEI Nº 11.181, DE 26 DE SETEMBRO DE 2005.

Autoriza o Poder Executivo a doar 6 (seis) aeronaves T-25 à Força Aérea Boliviana e 6 (seis) à Força Aérea Paraguaia.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica o Poder Executivo, por intermédio do Ministério da Defesa, autorizado a doar às Forças Aéreas Boliviana e Paraguaia 12 (doze) aeronaves de treinamento, 6 (seis) para cada Força, de fabricação brasileira, tipo T-25 A UNIVERSAL, acionadas por motor Lycoming IO-540K1D5, do acervo da Força Aérea Brasileira.

Art. 2º As aeronaves serão doadas no estado em que se encontram, e as despesas com seu traslado correrão a expensas das Forças Aéreas Boliviana e Paraguaia.

Art. 3º A doação de que trata esta Lei será feita mediante termo lavrado perante o Chefe do órgão competente do Comando da Aeronáutica.

Brasília, 26 de setembro de 2005; 184º da Independência e 117º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Essa é boa


Clique na imagem para ampliar
Colaboração: Marcelo Lanznaster

Novo compartimento

Pensamento

"A MELHOR PREGAÇÃO É A DO BOM EXEMPLO. "
Adágio Popular

Arnaldo Jabor

O Brasil precisa de uma revolução institucional
Ouça o comentário de Arnaldo Jabor

Versos de um político canalha

Para ampliar clique na imagem
Colaboração: Dr. Celso Moskorz

Artigo


A CADÊNCIA DO RETROGRESSO
Adriana Vandoni


Nos levaram a esperança, a fé, a dignidade. Mensaleiros e sanguessugas nos secam a crença na boa fé humana, ultrapassando os limites da decência. Nossa liberdade é um constante risco. Já não existe mais privacidade, nossas vidas são devassadas e nos desnudam da soberania.

Ficamos nus, e sem o menor pudor nos tiraram o direito a pudores.

Precisamos rasgar a Constituição brasileira, queimá-la, atear fogo mesmo, afinal ela parece ser apenas uma peça para os anais da imoralidade brasileira. De início vamos raspar o Art 1º onde está escrito que nosso Estado Democrático de Direito tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e ao pluralismo político.

Queimemos a nossa constituição por falácia. Se vivêssemos um Estado de Direito, nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, estaria acima da Lei. Mas que besteira a minha. Quais Leis? Elas existem? Sim, mas apenas como decoração, para que nosso país se acredite como nação, já que a obediência a elas não é cobrada. Não precisamos de novas Leis, mas de menos frouxidão para que elas sejam cumpridas. Seguem a Lei apenas aqueles que ainda se imaginam cidadãos, que ainda nutrem a doce ilusão de viver em uma Nação e que insistem em acreditar que a sua dignidade como pessoa humana é respeitada pelo Estado.

Ter a soberania como fundamento do Estado significa que dentro do nosso território não se admitirá força outra que não a dos poderes juridicamente constituídos.

Uma Nação meio soberana ou de soberania relativa, não é uma Nação.

Qual é esse pluralismo político que se refere a Constituição? Vivemos em um país onde os partidos políticos são comercializados por homens rasteiros que se vendem, e por imorais que os compram.

O que somos? Um amontoado de pessoas que se une apenas em copas mundiais de futebol? Se somos isso, então não somos nada! O que devemos fazer? Esperar a hora que o limite da nossa resistência nos impulsione a partir desta terra que como mãe, é a pior das madrastas? Não abriga seus filhos, os tornam indignos, ultrajados, sujos.

Não sou deste ou daquele lado, apenas quero respeito. Quero a chance de ver prosperar meu trabalho. Quero a oportunidade de criar meus filhos e conhecer meus netos. Quero poder sair do meu país sem ter vontade de ficar por lá.

Quero sentir orgulho da minha pátria e não vergonha por ser ela uma pátria sem caráter.

Quero respeito!

Não quero mais viver em uma nação meia-boca, que faz do seu povo cidadãos meia-boca, um país que envergonha e puni os de bem, protege e enaltece os que matam, roubam, estupram.

Permanecer aqui está se tornando muito mais que um ato de coragem, está se tornando falta de amor próprio a ponto de se submeter à degradante condição de refém dos fragmentos de uma justiça que nem de longe faz justiça.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Pensamento

"A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender". Albino Teixeira

Para quem nunca viu um pé-de-cabra


Para ver em tamanho maior, clique na imagem.
Colaboração: Mario Machota

Pergunta...


POR QUE UM SER HUMANO NORMAL CONCORDARIA EM REELEGER UM PRESIDENTE QUE ESTÁ SE NOTABILIZANDO NA HISTÓRIA DO PAÍS (E DO MUNDO) POR SER UMA VERGONHOSA FRAUDE COMO PESSOA, UMA MUTILAÇÃO DA ÉTICA E DA MORAL COMO POLÍTICO, E UMA DESASTROSA INCOMPETÊNCIA COMO PRESIDENTE? (Almeandra)

Ele também quer...

Frase


"Quando chega o momento em que ninguém dá mais bola pra nada, tudo é digerível, tudo é aceitável, o país acabou" Diogo Mainardi.

Ancelmo Gois


Quando disse que havia “300 picaretas no Congresso”, nos anos 90, Lula não imaginou que gente do seu PT iria freqüentar este tipo de lista.

Painel - FSP



Às moscas

Uma funcionária da Câmara chegava ao trabalho na segunda-feira seguinte às prisões, efetuadas pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga, de dezenas de pessoas que trabalhavam na Casa. Como de hábito, ela deixou seu carro no estacionamento dos servidores.

Antes de entrar no prédio, perguntou ao "flanelinha" se ele poderia lavar o carro. E pediu:

-Mas tem que ser rápido. Eu preciso sair ao meio-dia.

O rapaz garantiu que não haveria problema nenhum, já que era segunda-feira, e o estacionamento estava praticamente vazio naquele momento.

-Pois é, mas hoje está mais vazio que de costume -, observou a funcionária.

Nesse instante, um outro servidor que estacionava o carro bem ao lado dos dois ouviu a conversa e meteu a colher:

-Está vazio assim porque o pessoal foi todo em cana!

Artigo


Mensalão e PCC: o que há em comum entre os crimes?
Paulo G. M. de Moura, cientista político


Há poucos dias o crime organizado paralisou a maior cidade da América Latina e aterrorizou sua população com ações típicas de guerrilha urbana. Jornalistas indignados caíram de pau nos governos. Políticos oportunistas apressaram-se a propor novas leis inócuas. Especialistas concederam milhares de entrevistas com soluções para a segurança pública. O governo vai tirar uma casquinha eleitoral da oposição, responsabilizando Alckmin pela crise. A oposição vai tirar uma casquinha eleitoral do governo, responsabilizando Lula pela crise. Reprise de um filme que já vimos. Mais alguns dias e tudo estará abafado, esquecido, longe das manchetes e das primeiras páginas, até que a próxima ação espetacular do PCC ou do Comando Vermelho reative o círculo vicioso.

As únicas novidades desse fato foram a sua dimensão e o cenário principal. Os cidadãos de São Paulo tiveram o “privilégio” de experimentar, pela primeira vez, aquilo que os cidadãos do Rio de Janeiro já viram se transformar em rotina. Embora localizada em São Paulo, epicentro de crise, a reação do PCC extrapolou as fronteiras desse estado. Dentro e fora do sistema prisional brasileiro, detectaram-se fatos e indícios de uma tentativa de dar dimensões nacionais ao acontecimento.

Na profusão de opiniões técnicas sobre o crime organizado difundidas pela mídia, houve quem desdenhasse o poder de centralização do PCC, que teria reagido “por impulso” após a frustração de uma fuga em massa que a polícia paulista teria evitado. Difícil de acreditar que uma ação rápida e dessas proporções tenha sido produzida por impulso. É uma questão de tempo (pouco) até que organizações criminosas que se mostram capazes de tamanha ousadia cheguem ao estado da arte em termos de articulação, centralização e planejamento.

Há uma década atrás, quando o narcotráfico já tinha dimensões preocupantes como atividade “empresarial”, ninguém se atreveria a imaginar cenas como essas que vimos em São Paulo. Bastou Fernandinho Beiramar fazer um curso de pós-graduação com as Farc e importar da Colômbia a tecnologia da narcoguerrilha, e o status das ações do crime organizado mudou de patamar no Rio de Janeiro.

Sim, é preciso reconhecer, esse tipo de ação em que o crime organizado invade os territórios físicos da sociedade legal, corrompe autoridades, desafia a polícia e afronta o Estado, resulta da fusão entre as experiências do tráfico de drogas e armas com as organizações guerrilheiras latino-americanas que, no passado, tinham motivações ideológicas. Rebeldes sem causa após a falência do socialismo real, gerações e gerações de guerrilheiros aderiram ao narcotráfico, transformando o que antes era luta política em meio de vida. Narcoguerrilheiros e organizações de esquerda de vários países mantêm, no Foro de São Paulo, um canal de interlocução para articulação de ações em comum. A única diferença é que os companheiros das Farc em outros países da América do Sul, melhor sucedidos na vida, trilharam o caminho do assalto aos cofres públicos através de crimes do colarinho branco. Mas, sociologicamente falando, o fenômeno tem lá seus nexos.

Serei acusado de forçar a barra ao estabelecer um vínculo entre a “cultura do mensalão”, que se instalou e fincou raízes amplas e fortes nas relações entre os mais altos poderes da República, e a escala industrial que o crime organizado vai conquistando no país. Mas, é forçoso reconhecer as inúmeras coincidências que unem essas duas pontas do processo de decadência moral e degeneração institucional da nossa sociedade.

A lavanderia de dinheiro de uns e outros é a mesma. Autoridades corruptas servem a uns e outros. Os parlamentares brasileiros acabam de tornar relativas as leis quando aplicadas a seus crimes. Autoproclamaram-se inimputáveis por prática de caixa dois, compra e venda de votos e desrespeito à legislação eleitoral. A Justiça brasileira não deixa por menos e se esmera em soltar os bandidos que a polícia prende, minimizando o rigor da lei que ordena punições duras para praticantes de crimes hediondos.

Confesso que eu não ficaria surpreso se um cruzamento de dados entre as listas de corruptos - comprovados ou suspeitos - que circulam por aí a cada novo escândalo nas altas esferas da República, com os resultados das votações na Câmara dos Deputados, nas quais estão se anistiando os deputados envolvidos no mensalão, comprovasse que são muito mais de 300 os picaretas. E como esse tipo de coisa não se faz sem laços no poder Executivo, de onde sai nosso dinheiro para o bolso deles e onde se instalou o petismo, pouca distância se percorre até chegar-se à conclusão óbvia.

Seria uma tremenda injustiça afirmar que todos os petistas são corruptos. Também seria injustiça afirmar que a corrupção, no Brasil, começou com o governo do PT. Mas duvido que alguém se atreva a contestar a afirmação de que nunca antes se viu roubar dinheiro público com tamanha desfaçatez com se rouba sob o governo do senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Da mesma forma, ninguém contestará a afirmação de que nunca antes se viu o crime organizado agir com tamanha ousadia e desfaçatez. Há sim, nexos entre uma coisa e outra. E o nome do nexo é impunidade, sob o manto da proteção e acobertamento oficiais. Quando não da cumplicidade.

Se os brasileiros, nas urnas de 2006, não derem o primeiro passo para começarmos a virar esse jogo, melhor apagar a luz, fechar a porta e ir embora. No ritmo em que a criminalidade avança, em breve será irreversível.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Bom final de semana

Pensamento

" Homem é quem estuda as raízes
das coisas.O resto é rebanho"
JOSÉ MARTI
( poeta cubano perseguido por Fidel Castro)

Brasil de hoje

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Frase

"Erramos em uma área que ninguém imaginava que pudéssemos errar, que é a ética na política. Temos que assumir o erro e trabalhar para que nunca mais volte a acontecer"
Aloizio Mercadante, senador (PT), pré-candidato ao governo de SP

Lulla: CandidatoXPresidente


"Temos projetos viáveis, exeqüíveis para mudar a realidade brasileira e acabar com a fome..." Candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 25 de março de 2002.

A promessa de três refeições por dia para os brasileiros garantiu milhões de votos para Lula nas eleições presidenciais. Em novembro de 2002, o então coordenador-executivo do finado Fome Zero, José Graziano, afirmava que "era possível acabar com a fome, e este é um caminho barato e rápido". Barato, não foi. Em 2003 - único ano em que a iniciativa foi contemplada com verbas próprias - R$ 885 milhões foram torrados com o delirante programa. Nos dois anos seguintes, já constatado seu fiasco, o Fome Zero foi absorvido pelo Bolsa Família - que destinou R$ 12,3 bilhões para ações como a segurança alimentar. Rápido, muito menos. Estudo do IBGE, revelou que três anos e meio após a posse de Lula, 14 milhões de brasileiros ainda passam fome. Isso dá ao petista apenas sete meses - tempo que lhe resta de mandato - para revelar quais projetos "viáveis e exeqüíveis" ainda guarda na manga.

Uma boa notícia

Rio Grande do Sul lança a candidatura de Pedro Simon a presidente. Pedro Simon gostou e aprovou. Quércia e Garotinho dizem que embarcam nessa. Itamar idem. Se for confirmado, a Convenção que não ocorreria no dia 10 de junho, pode ocorrer e mudar tudo de novo. (Ex-blog Cesar Maia)

Eles estão voltando...


Genoíno, acusado de corrupção, será candidato a deputado federal

Depois de meses manifestando a interlocutores sua incerteza quanto a uma candidatura nas próximas eleições, o ex-presidente do PT, José Genoíno, decidiu aceitar o convite do partido e disputar um mandato de deputado federal.

Recentemente, ele admitiu que estava avaliando a possibilidade de concorrer, mas comentava com dirigentes da legenda que ainda se sentia receoso quanto ao impacto que as denúncias de corrupção, que surgiram em 2005, poderiam ter sobre a candidatura.

Na época em que o escândalo estourou, Genoíno foi afastado da presidência do PT diante da notícia de que um ex-assessor de seu irmão havia sido preso no aeroporto com R$ 209 mil em uma mala, além de US$ 100 mil escondidos na cueca.(Gazeta do Povo)

Números


  • O governo Lula torrou mais de meio bilhão (exatos R$ 560 milhões) no Haiti e destinou só R$ 260 milhões para o Fundo Nacional de Segurança Pública.(Claudio Humberto)
  • Foi quanto o estado de São Paulo recebeu do Fundo Nacional de Segurança Pública em 2005. Outras unidades da Federação também foram "agraciadas" com recurso zero - como Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. (Diário Tucano)

Arnaldo Jabor

Não dá para acreditar num país que não consegue prender seus bandidos nem dentro da cadeia.
Ouça o comentário de Arnaldo Jabor

Artigo



CÚMPLICES DO FASCISMO E DA CORRUPÇÃO
Geraldo Almendra

“A prostituição da política, a impunidade dos culpados, o silêncio ou a omissão dos cúmplices covardes, e as maracutaias dos ratos omissos que estão esperando o sol do fascismo para saírem de suas tocas, são as bases da destruição política, social e econômica do nosso país, que está sendo devastado pela orgia da corrupção e pelo corporativismo meliante dentro do poder público”.

Motivado por um recente posicionamento público de quatro artistas famosos, a respeito do desgoverno do PT, resolvi enviar para mais de 200 nomes do meio artístico, tendo como fonte uma lista que obtive na Internet, duas mensagens individuais em um mesmo email. A primeira representada pelo artigo “Para dizer que temos coragem” e uma outra representada por uma carta pessoal enviada ao presidente Lula.

O teor dessas mensagens, já divulgadas na Internet, por uma questão de lógica primária, e por focarem um cenário político de extrema gravidade pelo qual o país está atravessando, assim como contendo duras críticas que, como cidadão, faço ao desgoverno do PT, exigiria, de pessoas com um elevado grau de consciência crítica e esclarecimento, algum tipo de resposta.

Surpreendentemente, os únicos retornos que recebi continham o seguinte pedido escrito de formas alternativas: “por favor, retire o meu e-mail de sua lista” , como se um clamor coletivo para salvar o país dos ladrões e dos fascistas vermelhos que estão nos destruindo, fosse um spam insignificante sem motivo para ser lido.

Nenhum dos destinatários assumiu uma posição de discordância ou concordância em relação ao movimento do DIA DA DIGNIDADE NACIONAL – ressaltado em uma das mensagens – para se colocar do lado ou contra aqueles que estão se expondo em todo o Brasil para salvar o país das garras de uma quadrilha organizada e suas ramificações que, visivelmente, por tudo o que tem se noticiado na mídia, está dando as cartas no poder público, e está ficando difícil perceber quem não tem o preço de sua dignidade, de sua honestidade e de sua honra, já estabelecido no balcão da traição ao país.

Deve-se ressaltar, que todos esses “patriotas” do meio artístico – muitos paparicadores das elites dirigentes – vivem confortavelmente porque um povo humilhado, e sistematicamente roubado pelas gangues de corruptos e ladrões que são denunciadas pela mídia e investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia federal, lhes garante audiência nos canais de televisão, nos teatros ou nos cinemas.

Diante de tanta omissão, covardia ou parceria branca com os estelionatários da política, de centenas daqueles que poderiam estar ajudando a salvar o país das mãos da canalha corrupta, estamos nos sentindo cada vez mais imbecis e palhaços, pois além de pagar a conta dos salários e mordomias dos meliantes que roubam o nosso dinheiro dentro do poder público, estamos sustentando o sucesso, o luxo, o bem-estar, a prepotência, o egoísmo, o individualismo, e a soberba de centenas de artistas que simplesmente não estão nem aí para as causas que estamos defendendo no Dia da Dignidade Nacional.

Pois é, diriam muitos desses, rindo de minha revolta: – Meu caro, estamos em uma democracia, e ninguém tem a obrigação de emitir opinião sobre suas mensagens, e continuariam suas aulas nas “escolinhas” preconceituosas de formação dos parceiros dos sócios da exploração do povo.

Responderia para essa gente o seguinte: não vivemos em uma democracia. Vivemos em uma ditadura civil que explora o povo e é bancada pelo corporativismo espúrio dos poderes da República que são protegidos pelas elites dirigentes; ninguém mais dessa súcia se incomoda com as críticas da sociedade, ou com as denúncias de corrupção e prevaricação que são feitas pela mídia, pois os “donos” do Paraíso da Prostituição Política, que comandam o país, transformaram os Palácios da República, em bunkers da prostituição política, que são habitados por gente da pior espécie: homens públicos corruptos, incompetentes mandados, ladrões, assassinos, e lobistas que fazem a ponte do assalto aos contribuintes nas relações públicas-privadas. Cada vez mais essa gente torpe está desqualificando covardemente a imagem daqueles que realmente se comportam como servidores do povo em nome do Estado. Está ficando difícil diferenciar um servidor público honesto dos participantes das organizações criminosas que comandam a mais podre das hierarquias de um poder público corporativista, que se tem notícia na história do país.

O Brasil está passando por sua mais dura provação política, e que está colocando à prova a força moral de nossas convicções do que é melhor para o futuro de nossos filhos e suas famílias.

Muitos dos que pertencem às classes profissionais dos mais esclarecidos – artistas, professores, acadêmicos, profissionais liberais, etc. – têm o direito de se recusarem a participar de uma revolução na luta por uma verdadeira democracia; têm o direito de se negarem a participar de uma união para prender os que se encastelam no poder público e nos roubam, e têm o direito de não querer lutar para salvar nossa sociedade das mãos dos fascistas vermelhos. Contudo, nunca poderão apagar de suas consciências e de suas biografias o fato de terem sido covardes, cúmplices ou omissos diante de suas obrigações como cidadãos e defensores de nossa pátria, na mais grave crise política e de valores morais e éticos de nossa história. Serão lembrados por seus descendentes como traidores que ajudaram a acabar com os nossos sonhos de um país com uma verdadeira democracia, em uma sociedade justa e digna.

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Pensamento

"A única maneira de ter um amigo é sendo um"
Ralph Emerson

Faça como ele...

Arnaldo Jabor

Acabou o mito dos irmãozinhos de esquerda de Lula
Ouça o comentário de Arnaldo Jabor

É pra acabar


Mensaleiros já estão em campanha

A turma do mensalão não se intimidou e prepara a volta à cena política. Com uma única exceção, a do deputado Roberto Brant (PFL-MG), os parlamentares que conseguiram salvar os mandatos e os direitos políticos querem ficar no Congresso. Dos quatro que renunciaram para fugir do processo de cassação, três estão em campanha. A única exceção é Carlos Rodrigues (RJ), preso por envolvimento com a máfia das ambulâncias e expulso do PL, que não pode se candidatar. Os parlamentares cassados, como Pedro Corrêa (PP-PE) e Roberto Jefferson (PTB-RJ), que tiveram os direitos políticos suspensos até 2015, tentam agora emplacar parentes no Congresso. Já aqueles que o plenário livrou da forca consideram-se com a ficha limpa para pedir voto novamente.

Entre os que renunciaram, o ex-líder do PT Paulo Rocha (PA), que teve 131 mil votos em 2002, prevê chegar aos 250 mil agora.

A estranha multiplicação de votos seria reflexo de seu trabalho nos bastidores. Rocha conseguiu fazer o Governo liberar mais dinheiro para suas emendas ao Orçamento da União do que a média dos congressistas. No ano passado, garantiu R$ 3,2 milhões para 20 prefeituras paraenses. São recursos para a construção de ginásios de esportes e pequenas obras de infra-estrutura.

Enquanto os outros labutavam no Conselho de Ética e no plenário para salvar os pescoços, Rocha fazia campanha tranqüilamente. Ele fugiu do processo de cassação após ser acusado pela CPI dos Correios de ser o responsável pelo saque de mais de R$ 900 mil das contas do empresário Marcos Valério.

O ex-líder do PMDB José Borba (PR) segue a mesma trilha – garantiu R$ 2,5 milhões para prefeituras do Paraná. Destinou, por exemplo, R$ 400 mil para ações sociais e comunitárias, R$ 400 mil para carentes e R$ 360 mil para redes de saúde.

Valdemar Costa Neto (SP) foi o primeiro a renunciar. Licenciou-se da presidência do PL – assumida pelo ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento – para tocar sua campanha. Marcos Valério afirma que destinou para Costa Neto R$ 10,5 milhões, mas o ex-presidente do PL só reconheceu o recebimento de R$ 6,5 milhões.

Todo esse dinheiro, disse Costa Neto na CPI, foi usado para o pagamento de material de propaganda do candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição. O PL indicara o vice na chapa presidencial, com José Alencar.

O escândalo do mensalão obrigou vários de seus protagonistas a rever os projetos políticos. Paulo Rocha, Sandro Mabel (PL-GO), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) tinham planos ambiciosos. Os três primeiros trabalhavam para disputar Governos estaduais. Henry sonhava com o Senado. Rocha, Mabel e João Paulo vão buscar a reeleição. Henry, que foi absolvido no Conselho de Ética e no plenário da Câmara, ainda não se decidiu.

Dos três mensaleiros paulistas do PT, João Paulo e Professor Luizinho têm a reeleição dada como certa. Ambos têm base política sólida e contam com a ajuda de fortes movimentos católicos, como a Pastoral Operária. José Mentor, que é um candidato quase que exclusivamente paulistano, corre riscos, avaliam outros petistas.

Romeu Queiroz (MG), um dos primeiros absolvidos pelo plenário da Câmara, costuma ser o mais bem votado dos parlamentares do PTB. João Magno (MG) foi o quinto mais bem votado dos 11 deputados federais petistas. Quer repetir o placar. (Correio do Estado)