quarta-feira, 6 de setembro de 2006

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Carga tributária mantém crescimento e bate recorde no semestre, diz instituto - Folha de S. Paulo
Marcos Cézari, da Reportagem Local


As reduções tributárias tão propaladas pelo governo Lula não chegaram ao bolso dos consumidores brasileiros. Prova disso é que a carga tributária do primeiro semestre cresceu e alcançou um novo recorde.
Segundo estudo divulgado ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), a carga fiscal entre janeiro e junho deste ano aumentou para 39,41% do PIB (Produto Interno Bruto), superando em 0,25 ponto percentual os 39,16% do primeiro semestre do ano passado.
Para o advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, "tudo indica que 2006 registrará mais um recorde na cobrança de tributos. Essa estupidez e hipocrisia tributária condena o Brasil ao atraso."
As reduções tributárias divulgadas pelo governo são "um grande engodo", diz Amaral. "Não adianta reduzir os tributos do arroz, do feijão e da farinha e aumentar a taxação sobre energia, telecomunicações e combustíveis, pois as pessoas precisam daqueles produtos para comer e viver."
Segundo cálculos do IBPT, foram arrecadados R$ 392,78 bilhões no semestre -inclui as receitas da União, dos Estados e dos municípios. Em valores nominais, a arrecadação cresceu R$ 33,09 bilhões neste ano em relação a 2005. Descontada a inflação pelo IPCA, foram pagos mais R$ 18,85 bilhões.
Desse total, a União ficou com R$ 12,71 bilhões (mais 4,95%); os Estados levaram R$ 5 bilhões (5,1%), e os municípios, R$ 1,14 bilhão (5,94%). A carga per capita subiu 8,97%, para R$ 2.133 no semestre. No ano, deverá ser de R$ 4.380, diz o IBPT. Os contribuintes pagaram R$ 2,17 bilhões em tributos por dia, R$ 90,42 milhões por hora, R$ 1,5 milhão por minuto ou R$ 25,11 mil por segundo.

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