sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Artigo

Capital mundial dos escândalos
Petrônio Souza Gonçalves (*)


Até poucos dias, eram quarenta os bandidos sediados no Congresso Nacional. Agora, serão quantos? Brasília se tornou a praça da alegria do banditismo institucional, das grandes pragas nacionais, da corrupção institucionalizada e empossada. Tudo, dentro do governo do PT, daquele que dizia ser o novo, o nobre, o honesto.

Mentira; se revelou pior, bem pior, bem mais mesquinho e covarde que todos os outros que por lá passaram. Que vergonha! Aliás, esta palavra eles não devem conhecer o sentido, por que depois de tanta bandalheira, eles continuaram incólumes na missão de mentir, de falsear e de chantagear. Eles, verdadeiramente, impuseram o governo do medo. O pobre caseiro Francenildo é que pode falar sobre isso. Meu Deus, eu nunca vi tanto dinheiro andando por aí sem dono, sem destino, sem prestação de contas.

Ricardo Benruinzinho, mais conhecidos como mata-velhinhos, o presidente do Partido dos Trabalhadores e coordenador nacional da campanha do presidente Lula à reeleição, é o grande Ali Babá desta nova corrente da política petista. Junto com ele, e dentro dos vários tentáculos da organização criminosa operosa na capital federal, está ainda o diretor do Banco do Brasil, o exmo. sr. Expedito Veloso; o assessor especial da família Lula, Freud Godoy; o Jorge Lorenzetti, analista de risco e mídia da campanha de Lula e churrasqueiro oficial da Granja do Torto; o Hamilton Lacerda, coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante, candidato a governador de São Paulo; o Oswaldo Bargas, amigo de Lula e ex-assessor do Ministério do Trabalho e de Berzoini, e um dos coordenadores do governo de Lula; além dos petistas Valdebran Padilha da Silva e Gedimar Pereira Passos, todos eles trazendo a estrela de cinco pontas na lapela, o broche vermelho da vergonha.

Como numa revoada de gafanhotos, eles não pouparam nada, nem nossas instituições mais respeitadas. Primeiro foi a Caixa Econômica Federal, usada como tacape para acertar a cabeça do mais pobre e humilde trabalhador. Agora, é o Banco do Brasil, usado para atingir a campanha de José Serra e Geraldo Alckmin. Tudo neste governo é deles, é para uso particular deles, para patrocinar o panegírico dos esbirros petistas.

Se formos fazer um dossiê do governo Lula, teremos uma palavra chave: escândalo, ou melhor, escândalos. Isso, em um país com uma democracia mais consolidada, já teria levado o seu presidente à prisão. Por crime de responsabilidade ou de omissão. Afinal, presidir uma nação para não saber do que se passa ao seu redor é pior do que saber de tudo e não fazer nada. Na verdade, falta-nos um presidente, um homem de moral presente, um homem que tenha ao seu redor os grande homens da nação, um governo feito por homens de bens.

Até o final deste artigo, temo que ele já tenha ficado desatualizado, envelhecido, e que tenha surgido um novo escândalo com novos nomes em Brasília, a capital mundial dos escândalos.

(*) Petrônio Souza Gonçalves - é jornalista e escritor
belooriente@cidademais.com.br

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