quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Claudio Humberto

* O site internacional de notícias Bloomberg (www.bloomberg.com) atribuiu a grande valorização do real a uma possível alta nas pesquisas do candidato Geraldo Alckmin. Segundo o site, a simples especulação de que Alckmin pode superar Lula nas próximas pesquisas na corrida presidencial fez com que o real se fortalecesse, “pois ele apóia a diminuição de gastos e o corte de impostos governamentais”.

* Pode resultar em punição do Tribunal Superior Eleitoral a participação do presidente Lula no programa do candidato do PSB ao governo pernambucano, Eduardo Campos. Além de aparecer duas vezes no horário eleitoral de Pernambuco, manobra que o TSE já considerou ilegal, Lula pediu "voto casado" para o candidato do PSB, partido que não fez aliança com o PT em nível nacional. Essa é a argumentação dos advogados do atual governador Mendonça Filho (PFL), que representaram contra Lula no TSE.

* No debate, Lula precisou “colar”, lendo dados sobre o próprio governo e até perguntas escritas por assessores. Provou que não sabe de nada mesmo.

* Apesar de os bajuladores dizerem o contrário, o próprio Lula reconheceu, na intimidade, incrédulo, que perdeu o bate-boca com Alckmin.

* Ao final do debate, domingo, Lula agradeceu “aos telespectadores da Rádio Bandeirantes”. Telespectadores de rádio?

* No debate, Lula usou 19 vezes a palavra “bravata”, ao se referir à fala de Geraldo Alckmin. Tamanha fixação tem um nome, em psicanálise: projeção (o “paciente” vê a si mesmo no interlocutor).

* A Caixa é uma mãe: a vinte dias do segundo turno, dispensou licitação e fechou contrato de R$ 310 milhões com a multinacional IBM, para fornecer equipamentos por um ano e suporte técnico e manutenção por 16 meses.

* O senador Saturnino Braga (PT-RJ) acolheu o bordão que ninguém agüenta mais: os escândalos do governo estariam sendo investigados “como nunca neste País”. Deve ser por isso que os 40 da quadrilha do mensalão estão presos. Ah, não estão presos?

* O logotipo do governo de Hugo Chávez é “Venezuela, agora é de todos”. Qualquer semelhança com o “Brasil, um país de todos” de Lula não é mera coincidência.

* Não está pegando bem no Chile o acordo de Evo Morales e Hugo Chávez para a construção de bases militares na fronteira, inclusive do Brasil. O governo chileno se diz “atento”. Nossos arapongas talvez estejam também.

* O prefeito de Londrina (PR) é do PT e nasceram na cidade o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) e o influente secretário particular de Lula, Gilberto Carvalho. Mas Alckmin teve 68,38% dos seus votos, contra 17,79% de Lula.

* Não é piada, nem provocação: na porta do gabinete do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que enfrenta risco de cassação por envolvimento no escândalo dos sanguessugas, está escrito: “Doe sangue”.

* Preso pela operação Pororoca, da Polícia Federal, Sebastião “Bala” Rocha, ex-senador, foi eleito deputado federal no Amapá, com 9.009 votos.

* Novo prato na culinária eleitoral: chuchu com pimenta.

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