sábado, 14 de outubro de 2006

Artigo

NÃO VOTO MAIS EM LULA
Por Nei Leandro de Castro


Toda vez que ouço um homem de caráter e sensibilidade, inteligente, honesto, tecer loas e declarar seu voto ao presidente Ignorantácio Lula da Silva, sou acometido de uma crise de tristeza e indignação. Não, não falo de pessoas como Fernando Morais, Delúbio Soares, Paulo Betti et caterva, que não passariam num exame pré-Mobral de dignidade. Falo de amigos fraternos que teimam porque teimam em dar seus votos para reeleger um dos mais despreparados e boçais presidentes da história do Brasil.

O que Lula fez nesses quase quatro anos de governo? Muita coisa.

Fez-se de doido quando Roberto Jefferson chutou o balde e denunciou a bandalheira que havia no seu governo. Fez que não sabia de nada do que estava se passando sob suas barbas pintadas, aparadas e repintadas.

Fez-se de doido, recentemente, ao dizer que demitiu Josef Dirceu. Ora, se aquele ditadorzinho com sotaque de Mazzaropi quisesse, ainda estaria no governo e Lula jamais teria a coragem de mandá-lo embora. Dirceu sabe de todas as sujeiras, todas as maracutaias do Ignorantácio. Quando o “ex-capitão” do governo ameaçou abrir o jogo, numa autobiografia que estava escrevendo com a ajuda do garachué Fernando Morais, Lula correu para lhe fazer uma oferta. Com certeza, uma oferta milionária, mensalônica.

Lula fez turismo pelo mundo inteiro no AeroLula, um avião digno de marajás. A bordo, em grandes pileques a 30 mil pés de altura, fez e faz todo tipo de brincadeiras estúpidas, obscenas, de mau gosto, com os seus submissos acompanhantes.

Fez-se de surdo e mudo quando bandidos do MLST, sob a chefia de um marginal que ganha uma fortuna pela Lei da Anistia, invadiram a Câmara Federal e saíram quebrando tudo. O bandido chefe está solto. Sabe por quê? Porque é companheiro e amiguinho do presidente.

Fez declarações que ficarão para sempre na história da imbecilidade. Tais como: “Sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta.” Ou: “Só não vou cumprir as metas se forças extra-terrestres não me permitirem.” Fez sem querer uma declaração verdadeira, sincera: “Eu combati a ética.” Lula fez vista grossa quando Lulinha, o filhinho querido, sem desembolsar um centavo, entrou com uma participação de 5 milhões de reais para se tornar sócio de uma empresa de vídeo-game. Patrocínio da Telemar, que presta serviços ao governo.

Fez vista grossa quando dona Marisa, a papagaia-de-pirata, tirou dois vigias do sítio da família Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, e os levou para Brasília, para ser seus seguranças, com um salário de 5.700 reais cada. Conta a ser paga pelos bestas que pagam as maiores taxas de impostos do mundo.

Fez feio, muito feio, recentemente em Belém. Beijou a mão de Jáder Barbalho, acusado, entre outros crimes, de ter desviado 1,7 bilhão de reais do Banpará, quando governava o Pará. Um homem íntegro beija mão de ladrão em público? Fez do Palácio do Planalto a moradia de Freud, um trambiqueiro que só a psicanálise explica.

Diante disso, o que podem fazer as pessoas sensatas, honestas, que desejam uma situação melhor para o Brasil? Minha consciência dita que jamais deverei votar em Lula. Votei três vezes e o meu arrependimento é do tamanho da minha indignação.

Nei Leandro de Castro - Escritor

Nenhum comentário: