Artigo

A VITÓRIA DO FASCISMO POPULISTA E A APOTEOSE DA INSENSATEZ
Geraldo Almendra

“Se reeleito esse comunista, somente uma guerra civil poderá tirá-lo do poder”.

Depois de ter cooptado de todas as formas mais politicamente prostituídas possíveis os poderes da República, e aliciado a falta de consciência crítica de mais de 50 milhões de brasileiros, beneficiários diretos ou indiretos dos projetos assistencialistas – preservação da ignorância e da pobreza – durante o atual desgoverno, o candidato à reeleição ovacionado pelo PT, que na minha opinião de cidadão representa tudo de aético e imoral que não se pode desejar no comportamento de um político, continua “marquetando” o país com o mais cínico e tosco discurso ausente de mérito e mais fácil de ser “assimilado” pelos ouvidos de uma platéia nacional destituída de patriotismo, em uma marcha da insensatez da reeleição do petismo, para destruir definitivamente nossas esperanças de vivermos em um país democrático, mais justo e mais digno.

O sujeito chega diante de uma platéia de uma convenção partidária, com uma postura própria de um mentiroso pseudoestadista e declara – lendo um discurso através de uma tecnologia que para os ouvintes parecia ser um “inteligente improviso” – que vai dar prioridade para os podres, combinando desenvolvimento econômico com distribuição de renda e temperado com uma reforma política.

É redundante e cansativo repetir a falácia do trinômio da mentira já comprovada, prioridade para os pobres, desenvolvimento econômico, e distribuição de renda, substituída no desgoverno petista pelo trinômio, assistencialismo espúrio, prostituição da política e corrupção, e nossos protestos já parecem não mais agregar valor à reversão de uma entrega quase inevitável do nosso país nas mãos dos fascistas.

Sabe-se que prevalecerá em outubro o desejo dos poderes dominantes da sociedade. Tudo indica que a par da ignorância dos mais de 50 milhões de excluídos de consciência comprada com a bolsa-família-preservação da pobreza e outros projetos assistencialistas, as forças políticas prostituídas, as elites dirigentes compradas com o superávit primário e com respeito aos contratos de exploração do povo, e os poderes da república dominados por um hediondo corporativismo, trabalham para colocar o país definitivamente nas mãos do movimento comunista que está pretendendo dominar a América Latina.

Não são precisos mais fatos, nem obviedades, nem evidências para demonstrar o que nos espera nas próximas décadas: o caminho do autoritarismo comunista construído nas trilhas do fascismo assistencialista que ganhou as eleições no estelionato eleitoral de 2002.

A grande novidade na história das nações é uma tomada do poder em um país continental sem luta política nas ruas e nem derramamento de sangue de patriotas, mas uma grande conquista obtida apenas nos bastidores da prostituição política, levando a sociedade a atingir o fosso da corrupção, da imoralidade e da falta de ética.

Se for a “vontade” da maioria que assim seja, ficando apenas a dúvida se aqueles que ainda podem nos livrar desse destino terão a coragem para nos convocar e a disposição de assumir sua responsabilidade constitucional para reverter o apagar das luzes das nossas esperanças de vivermos em uma democracia sob a tutela de um Estado Democrático de Direito.