sexta-feira, 7 de julho de 2006

Artigo

A VITÓRIA DO FASCISMO POR UM AUMENTO SALARIAL
Geraldo Almendra

“Estamos, pois, em nossa fase mais decadente. Nos tornamos mais medíocres. Fizemos da amoralidade a regra (*)”. (Maria Barbosa – Socióloga)

Às vésperas das eleições, o desgoverno petista está correndo contra o tempo para dar aumentos salariais em cascata afrontando as determinações do TSE que, nos seus limites constitucionais, tenta barrar esta ação do gerente mafioso do balcão espúrio do mercado corporativista da compra de consciências para garantir que as Forças Armadas e segmentos do poder público continuem não interferindo no projeto de captura do Estado pelo desgoverno petista e apoiando a reeleição do presidente diante de uma opinião pública massacrada pela divulgação de mentiras ou meias-verdades, com uma decisiva participação da maior rede de televisão do país.

Diante de tudo o que temos presenciado no que diz respeito ao comportamento individualista, egoísta e corrupto dos poderes dominantes no decorrer dos governos pós-regime militar, não temos dúvida que todos os que puderem se aproveitarão desse momento de consolidação do caminho da vitória do desgoverno petista nas eleições de outubro, para tirar vantagem e receber seus aumentos salariais independente do seu mérito diante da prostituição da política e da sacanagem que estão fazendo com os excluídos trocando os empregos prometidos pelo mata-fome da bolsa-família-preservação-da-pobreza, entre centenas de outras maracutaias do oportunismo da falta de princípios e de caráter desta gente torpe que olha para o resto da sociedade como se fossemos um bando de imbecis e palhaços do Circo Brasil.

Nunca nossa sociedade precisou de forma tão urgente ser desconstruída através de um duro choque moral e ético, pois é inadmissível diante das obviedades, denúncias e evidências que nosso país está caminhando em direção a um totalitarismo de esquerda comunista pela via disfarçada do fascismo populista, que pessoas esclarecidas aceitem abrir mão da luta pela Democracia e pela preservação do Estado de Direito já comprometido pelo corporativismo do Poder Judiciário, em troca de agrados fascistas do desgoverno petista.

Nossa moral está em frangalhos (*) e o tecido social já está apodrecendo pela absoluta falta de referência ética dos poderes da República e das elites dirigentes. Para os adolescentes herdeiros das elites dirigentes do país, a realidade do roubar “realizando” e enganando o próximo já passou a ser uma premissa de sucesso em suas carreiras, seja no mundo das empresas privadas, ou nas sinecuras temporárias ou permanentes dentro do Estado, pois é rigorosamente esse o exemplo e as lições que recebem dos poderes públicos em todas as suas instâncias.

Diante da catástrofe que se aproxima de termos um Estado a serviço de um regime definitivamente espúrio, antidemocrático, corrupto, assistencialista e corporativista, não nos resta outra alternativa senão insistirmos em acender o pavio da esperança de uma intervenção das forças responsáveis e patrióticas da caserna com uma forte aliança na parcela da sociedade civil não prostituída pelos canalhas da corrupção, para livrar o país da ação da absurda e incontrolável prostituição dos valores morais e éticos daqueles que controlam seus poderes dominantes e que estão fazendo da Estado a casa-da-mãe-joana dos prostitutos da política.

Para combater com a força necessária o vírus da prostituição da política que está contaminando a sociedade, ainda existem somente dois poderes no nosso país, associados com a banda não apodrecida da sociedade civil e das forças militares e civis, capazes de dar um basta na destruição do futuro dos nossos filhos e de suas famílias: o poder da Igreja Católica e o Poder das Forças Armadas.

O silêncio dos dois será o silêncio do enterro definitivo de nossos sonhos de democracia e de nossas liberdades individuais e a vergonhosa, humilhante, covarde e pacífica entrega do Estado a uma máfia corporativista que se perpetuará no poder até a eclosão de uma guerra civil ou de um movimento terrorista no país, que serão de responsabilidade exclusiva daqueles que se omitem – neste gravíssimo momento político – em combater os comunistas disfarçados de fascistas populistas, permitindo que a sociedade caia definitivamente nas suas mãos após as eleições de outubro.

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